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Coronavírus: 120 funcionários são demitidos de empresa de transporte intermunicipal da Grande Natal

Mais um setor é afetado pela crise econômica ocasionada pela pandemia do coronavírus. Com a redução de frota do transporte público orientada pelo decreto do governo estadual, devido à recomendação de isolamento social, a empresa Trampolim da Vitória, sediada em Parnamirim, confirmou nesta quarta-feira (1º) a demissão de 120 funcionários. O número representa 35% do quadro da empresa que é responsável pelo transporte público intermunicipal entre Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.

O diretor executivo da empresa, Gino Costa, declarou que a redução da frota em operação e o fato de não poder transportar passageiros em pé “desequilibrou o sistema”.

“Antes de fazer qualquer rescisão contratual, a gente sempre pensa em conversar primeiro com fornecedores, com os bancos, através do financiamento dos veículos, para tentar suspender os pagamentos mensais. Mas nada disso é suficiente quando a gente está falando de custo fixo da empresa. Funcionários e impostos ligados a isso representam 50% do custo fixo”, contou Gino Costa, diretor executivo da empresa.

No total, 90 veículos estão sem circular e praticamente todas as áreas da empresa foram atingidas. Com a arrecadação reduzida, novas demissões poderão acontecer nos próximos dias. “Nós temos muita pena realmente de ter tomado essa atitude. A gente não tem como dizer se vai ser só isso, se vai ter mais cortes”.

“Para equilibrar de acordo com a receita, teria que demitir mais pessoas. Estamos aguardando uma posição do governo do estado, do governo federal, se vão vir ações que realmente façam com que os funcionários tenham acessos aos seus direitos garantidos”, completou o empresário, referindo-se especificamente ao Fundo de Garantia e ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

O transporte público é considerado serviço essencial e obrigatório, principalmente para o deslocamento de profissionais da saúde, segurança e limpeza urbana neste período de isolamento social. O empresário vê como alternativa a participação direta do governo para subsidiar os salários dos trabalhadores do segmento.

“O apelo que a gente faz ao governo do estado e ao municipal é o que a gente está vendo na cidade de São Paulo, que garantiu o salário dos trabalhadores do transporte público”, disse.

Fonte: G1

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