O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, conduziu nesta segunda-feira (1) a sessão solene de Abertura do Ano Judiciário de 2021, que foi realizada em formato híbrido, ou seja, virtual e presencial, na sede da Corte.
Após a entoação do Hino Nacional, o presidente Fux convidou a todos os presentes a realizar um minuto de silêncio pelas mais de 200 mil vítimas da Covid-19. Ele ainda citou e elogiou os trabalhos do STF durante a pandemia pelo coronavírus.
“A pandemia tem testado nossos limites e nos lembrado de que, independentemente de nacionalidade, crença e raça, somos todos humanos, com vidas efêmeras e frágeis. O momento é de compaixão”, disse.
Segundo Fux, a Corte “alcançou conquistas históricas” no ano passado. “Temos tido o conforto da certeza de que a nossa bravíssima lição constitucional permanece viva, na medida de nossas responsabilidades e competências. O STF alcançou conquistas históricas em 2020. Os resultados apontam que essa Suprema Corte tem fortalecido sua vocação”, afirmou.
O presidente do STF lamentou comentários de autoridades e integrantes do Judiciário que, segundo ele, minimizam os impactos do vírus no país.
“Fiquei estarrecido com manifestações de integrantes do Judiciário, minimizando as dores das vítimas. Abusam da liberdade de expressão para propagar o ódio, desprezam as vitimas e, através do negacionismo, o problema grave em que vivemos”, disse.
Embora sem citar o nome da magistrada, a crítica de Fux tinha ao menos um endereço concreto: a juíza Ludmila Lins Grilo, da Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Unaí (MG).
Durante o feriado de Ano-Novo, a juíza fez uma série de publicações em seu perfil no Twitter, que reúne mais de 136 mil seguidores, com críticas e piadas envolvendo as medidas de segurança adotadas pelo poder público para conter a propagação do coronavírus nas festas de fim de ano.
Por causa da pandemia de coronavírus, apenas as autoridades da Mesa de Honra e ministros do STF foram autorizados a participar do evento no plenário.
O momento contou com as presenças do presidente da República, Jair Bolsonaro; do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado Federal; do procurador-geral da República, Augusto Aras; e do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tinha confirmado presença, não foi à solenidade.