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Após caso de empresária com pulmão perfurado, saiba cuidados com acupuntura

Jessika Aldrey Germiniani. Foto: Reprodução

Na última segunda-feira (11), a empresária Jessika Aldrey Germiniani, 26 anos, de Sorriso (MT), teve o pulmão perfurado ao realizar uma sessão de acupuntura para aliviar a rigidez na área do pescoço. A jovem contou ao portal G1 que sentiu falta de ar e dores intensas horas depois da consulta.

Depois que uma tomografia mostrou uma perfuração no pulmão da jovem, ela precisou passar por uma cirurgia de emergência.

Raiana Fajoli, terapeuta e acupunturista da Serenità, conta que casos como o de Jessika são extremamente raros, pois os profissionais capacitados na técnica estudam os pontos onde as agulhas devem ser aplicadas, bem como a profundidade em que devem ser inseridas.

“No estudo da acupuntura aprendemos a profundidade de cada ponto. Um bom profissional sabe quais são os pontos profundos e os superficiais”, conta Raiana. “O manuseio da agulha interfere sim no resultado, mas o risco é mínimo por sua estrutura, que costuma ter 0,25mm”, explica.

As agulhas usadas devem ser descartáveis, sem que haja o reaproveitamento delas entre os pacientes. A reutilização aumenta o risco da transmissão de doenças como a hepatite.

“Vejo que o principal risco está nas agulhas que não são esterilizadas corretamente. Por isso o correto é usar as descartáveis”, afirma a terapeuta.

Antes de iniciar uma sessão de acupuntura, fique atento aos seguintes pontos:

Agulha
As agulhas usadas devem ser descartáveis, sem que haja o reaproveitamento delas entre os pacientes. A reutilização aumenta o risco da transmissão de doenças como a hepatite.

“Vejo que o principal risco está nas agulhas que não são esterilizadas corretamente. Por isso o correto é usar as descartáveis”, afirma a terapeuta.


Dores
Durante as primeiras sessões de acupuntura, é comum que os pacientes sintam um incômodo local, um pouco de náusea; dor de cabeça e alterações no sono e no humor. Em alguns casos, os pacientes manifestam alegria ou choro horas depois do atendimento, segundo Raiana.

No entanto, todos esses sintomas devem ser passageiros. A acupuntura não deve causar falta de ar ou dor intensa, como na situação relatada pela empresária do Mato Grosso.

“No começo, a acupuntura costuma trazer alguns sinais de agravamento dos sintomas que a pessoa estava se queixando antes, mas logo após o início, ela passa, trazendo o alívio”, afirma a terapeuta.

O paciente também pode sentir uma leve sensação de choque no momento da aplicação. O estímulo elétrico indica que o profissional acertou o ponto da aplicação, segundo Raiana. As cãibras ocorrem quando a pessoa apresenta deficiência de vitaminas e minerais.

Profissional acupunturista
“O profissional tem que ser escolhido com muito cuidado. A acupuntura não é um curso de final de semana. É uma técnica dentro da medicina chinesa que demora ao menos dois anos para ser aprendida”, afirma Raiana. Ela sugere que os pacientes procurem a certificação do especialista.

Além disso, a acupuntura deve ser realizada em clínicas certificadas que seguem as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: Metrópoles

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