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Ataque a tiros no sul de Tel Aviv deixa oito mortos; polícia investiga terrorismo

Terroristas abriram fogo contra pessoas em Jaffa, no sul de Tel Aviv (Foto: Telegram/Reprodução)
Terroristas abriram fogo contra pessoas em Jaffa, no sul de Tel Aviv (Foto: Telegram/Reprodução)

Um atirador matou pelo menos oito pessoas que esperavam em uma estação de trem em Jaffa, no sul de Tel Aviv (Israel), na noite desta terça-feira (1°) (tarde no Brasil). A polícia suspeita de terrorismo — o atirado estaria em um hotel, que está sendo revistado. A troca de tiros aconteceu pouco depois de as Forças Armadas de Israel (FDI) ampliarem o alcance das medidas de segurança voltadas aos civis na cidade.

A preocupação com ataques aéreos no Estado judeu aumentou desde que os confrontos com o movimento libanês Hezbollah se intensificaram. Em resposta, o Irã disparou ao menos 100 projéteis contra Israel, horas após as primeiras informações sobre preparativos de um ataque de Teerã surgirem entre aliados. Sirenes de alerta foram disparadas em Tel Aviv, Jerusalém e várias regiões do país.

Antes mesmo do ataque, os militares informaram que após um reavaliação da situação de segurança no começo da tarde desta terça-feira, o Comando da Frente Interna do Exército decidiu por alterar a política sobre as medidas restritivas, ampliando o alcance das recomendações obrigatórias para uma série de regiões do país, incluindo suas duas principais cidades.

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As principais medidas destacadas no comunicado afetam o funcionamento de serviços essenciais. Atividades educativas, por exemplo, só poderão acontecer em locais próximos a espaços protegidos acessíveis em caso de alertas de bombardeio. Reuniões em geral devem respeitar um máximo de 30 pessoas, se realizadas em áreas abertas, e 300 pessoas em locais fechados. O trabalho presencial só está liberado em prédios ou locais em que se possa chegar a uma área segura em caso de alerta.

As medidas restritivas foram impostas após uma nova onda de disparos de projéteis do Hezbollah contra o território israelense, que fizeram soar alarmes no norte e na região central do país. Um homem de 54 anos ficou ferido após ser atingido por estilhaços de um foguete abatido pelo sistema de defesa israelense em uma estrada próxima a cidade de Kfar Saba, nos arredores de Tel Aviv.

A medida tem o potencial de afetar as manifestações populares contra o governo, realizadas sobretudo em Tel Aviv, que exigem que o Gabinete do premier, Benjamin Netanyahu, utilize as vias diplomáticas para encerrar os conflitos em Gaza e com o Líbano e recupere os reféns capturados pelo Hamas — que completarão 1 ano no enclave palestino nos próximos dias. No começo do mês, os organizadores dos atos em Tel Aviv estimaram que 500 mil pessoas teriam participado de um “bandeiraço” pelo retorno dos reféns.

Operação contra o sul do Líbano

Após o anúncio na madrugada de terça-feira (noite de segunda em Brasília) de que estava invadindo o território libanês para operações “limitadas”, as Forças Armadas de Israel (FDI) fizeram um ultimato para que residentes de cerca de 30 localidades no sul do país abandonassem suas casas e se dirigissem para posições mais ao norte.

Tanto o Hezbollah quanto a Força Interina das Nações Unidas para o Líbano, chefiada pela Espanha, afirmaram que as tropas israelenses ainda não cruzaram a fronteira e que não há combates ativos entre soldados de Israel e combatentes do movimento libanês.

Agências da ONU, o governo do Líbano e representantes de países pelo mundo demonstraram preocupação com a escalada e pediram contenção de todas as partes.

Fonte: O Globo

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