
A defesa de Jair Bolsonaro comunicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o documento que já apresentou à Justiça é mesmo o convite formal para a posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.
Bolsonaro — que é investigado pelo STF — pediu na semana passada a Moraes a autorização para comparecer à posse e também a devolução de seu passaporte, retido pela Justiça.
A posse está marcada para a próxima segunda-feira (20), em Washington.
Ao pedir autorização para Moraes, Bolsonaro anexou um documento que, segundo a defesa, se trata do convite para a cerimônia.
Mas Moraes pediu um convite formal. Segundo o ministro do STF, o documento apresentado por Bolsonaro não tinha características de convite oficial.
O documento vinha com o remetente de e-mail “[email protected]”, sem menção clara à programação, segundo Moraes.

O que a defesa de Bolsonaro alega?
A defesa incluiu no processo o e-mail recebido pelo deputado Eduardo Bolsonaro, enviado pelo endereço do comitê inaugural de Trump. Segundo os advogados, o domínio “t47inaugural.com” foi registrado exclusivamente para convites e comunicações do evento, como é prática em cerimônias presidenciais dos Estados Unidos.
A tradução juramentada do e-mail foi anexada, e a defesa destacou que, culturalmente, os EUA valorizam a boa-fé do declarante, com rigorosas punições para falsidade.
Os advogados enfatizaram que o convite é legítimo e que a exigência de um documento formal foi suprida pelo e-mail oficial.
Os advogados reafirmaram ainda o compromisso de Bolsonaro em respeitar as medidas cautelares impostas e se colocaram à disposição para atender eventuais condições adicionais impostas pelo STF.
Nas redes sociais, Bolsonaro classificou a posse de Trump como um “importante evento histórico” e agradeceu ao filho, Eduardo Bolsonaro, pelo “excelente trabalho” na relação com a família Trump. Ele destacou os laços entre os dois clãs como um ponto de aproximação diplomática entre Brasil e Estados Unidos.