Alunos do câmpus Pau dos Ferros da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) passaram mal no fim da semana passada após comerem no restaurante universitário (RU). Segundo apurou o PORTAL DA 98 FM, pelo menos 110 estudantes apresentaram sintomas de intoxicação alimentar, como diarreia e vômito. Eles reclamam da comida servida na instituição.
O caso foi denunciado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE).
“Atribuímos esses problemas recorrentes nos restaurantes dos campi às empresas primeiramente, mas também não podemos deixar de pressionar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis pelo ocorrido. Afinal, fizemos uma reunião com eles sobre a situação dos restaurantes antes do início das aulas do semestre e percebemos, mais uma vez, que nada mudou. A má qualidade da comida ofertada é uma reclamação anual”, diz Karydja França, coordenadora do DCE.
A Ufersa informou que está prestando assistência aos estudantes que adoeceram, inclusive com a compra e fornecimento de medicamentos para os alunos. A universidade disse, ainda, que amostras da comida e da água que abastece o RU foram enviadas para análise – que vai atestar se os alimentos estavam, ou não, estragados. O resultado dos exames deve sair até a próxima semana. A empresa responsável pelas refeições foi notificada.
A entidade destacou que a rescisão do contrato com a empresa não pode ser feita de imediato, já que houve licitação. Há prazos contratuais que precisam ser respeitados, além da ampla defesa da empresa. Uma decisão só será tomada após a conclusão do laudo laboratorial. A mesma empresa fornece alimentação em restaurantes universitários nos campi de Pau dos Ferros, Angicos e Caraúbas.
A professora Ludimila Oliveira, reitora da Ufersa, esteve no câmpus Pau dos Ferros na última sexta-feira (27) para ver de perto a situação. “A empresa que foi contratada realmente não está atendendo às condições da contratação. A qualidade da alimentação que foi disponibilizada está necessitando de melhorias. Tivemos o que considero um acidente, incidente. Nós, prontamente, ao termos a notificação dos estudantes doentes, (fornecemos) a medicação dos estudantes”, enfatizou a reitora.