Hospital Estadual Telecila Freitas Fontes, mais conhecido como Hospital Regional do Seridó — Foto: Sidney Silva
Fonte: G1 RN
Pelo menos 14 foliões, todos atendidos pelo setor de emergência do Hospital Estadual Telecila Freitas Fontes, mais conhecido como Hospital Regional do Seridó, em Caicó, disseram ter sido atacados com agulhas de seringa em meio ao Carnaval. Segundo a direção da unidade, os atendimentos foram feitos no sábado (2), domingo (3) e segunda-feira (4). Ninguém foi preso.
A organização do Carnaval de Caicó chegou a emitir um alerta à população, o que causou preocupação. No entanto, segundo a Polícia Civil, nenhuma das pessoas atendidas pelo hospital procurou a delegacia da cidade para formalizar queixas.
Em Recife, ao menos dez pessoas também relataram terem sido furadas com seringas.
Diretora-geral do Hospital Regional do Seridó, Maura Vanessa Sobreira disse ao G1 que as vítimas foram submetidas à profilaxia pós-exposição, que é uma medida de prevenção de urgência à exposição pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis. “Todos deram resultado negativo”, ressaltou.
Ainda de acordo com a diretora, o hospital chegou a receber cerca de 20 pessoas dizendo terem sido furadas por agulhas. “Algumas afirmaram ter visto as seringas”, revelou. “Outras, porém, ao serem informadas que a medicação que receberiam poderia causar efeitos colaterais, como enjoo, por exemplo, se negaram a ser atendidas”, acrescentou.
“As pessoas que foram atendidas, 14 ao todo, foram orientadas a procurar a Polícia Civil, e nos próximos dias devem ser acompanhadas por um infectologista. “Caso alguém apresente alguma complicação, exames devem ser refeitos”, acrescentou Maura.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Caicó, George Victor, mais de 50 mil pessoas participam por dia do carnaval de rua no município. “É muita gente. Tirando esses relatos de atendimentos no hospital, nossa festa está bem tranquila”, destacou.
Semelhança
No ano passado, em meio ao São João de Campina Grande, na Paraíba, 34 casos semelhantes de ataques foram registrados. No entanto, a polícia não confirmou que os ferimentos foram causados por agulhadas.