
A ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, fez uma crítica dura ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para ela, o republicano fez declarações que “são o avesso da política guiada pelas evidências trazidas pela ciência e do bom sendo imposto pela realidade dos eventos climáticos extremos, inclusive, em seu próprio país”.
A declaração de Marina foi dada já logo depois da posse de Trump e foi postada pela ministra em seu perfil na rede social Instagram. Segundo Marina Silva, o discurso de Trump confirmou os “prognósticos mais pessimistas sobre os tempos desafiadores que virão” ao longo do mandato do norte-americano.
“Embora fosse algo já esperado, pelo que defendeu na campanha presidencial, vejo com enorme preocupação o anúncio de que o presidente pretende acabar com o Green New Deal, tirar os EUA do Acordo de Paris, retomar a indústria automotiva norte-americana sem dar prioridade para carros elétricos e valorizar o uso de combustíveis fósseis”, disse a ministra.
Em seu discurso, Trump disse que irá encher as reservas estratégicas “até o topo” e exportar energia para todo o mundo. “Seremos uma nação rica novamente. E esse ouro líquido que temos sob os pés é o que nos vai ajudar a fazê-lo. Vamos acabar com este mandato de veículos elétricos para salvar novamente os trabalhadores automotivos do nosso país”, declarou.
Para Marina, as medidas assinadas pelo presidente norte-americano ao assumir o governo “vão na contramão” da defesa da transição energética, da valorização de fontes de energia renováveis e do combate às mudanças climáticas. Sobre o Acordo de Paris, destacou que os Estados Unidos são o 2º maior emissor de gases de efeito estuda do mundo, e por isso, têm “grandes e inadiáveis responsabilidades a cumprir”.
A ministra afirmou ainda o posicionamento da administração de Joe Biden à energia renovável, destacando que “reestruturar a matriz energética e reduzir o custo da energia, foram concebidos para criar empregos e aumentar a segurança energética do país”.
“Serão tempos desafiadores para o mundo inteiro. Resta enfrentá-los com informação, compromisso com a vida e capacidade de negociação política”, encerra a nota.
Fonte: Poder360