A Polícia Civil investiga a morte de Cleonice Ribeiro da Silva Soares, de 49 anos, durante um exame de endoscopia em uma clínica no Barreiro, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (18).
A filha da paciente disse à Polícia Militar (PM) que a mãe usava um cardiodesfibrilador, dispositivo cardíaco, desde 2019 e que acreditava que ela tivesse comunicado isso à equipe médica. Já o médico e a enfermeira responsáveis pelo procedimento alegaram que não foram informados sobre o uso do aparelho.
Segundo o boletim de ocorrência, o médico disse aos policiais que ele e a enfermeira aplicaram uma sedação intravenosa em Cleonice para a realização de uma endoscopia digestiva alta.
De acordo com o ele, pouco tempo depois do início do procedimento, a paciente apresentou um quadro de esforço respiratório, que evoluiu em seguida para uma parada cardiorrespiratória. O médico falou que iniciou imediatamente uma massagem de reanimação, mas não obteve êxito.
Duas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram ao local, mas Cleonice já estava sem sinais vitais.
Ainda conforme o boletim de ocorrência, a enfermeira afirmou que, antes da endoscopia, perguntou à paciente algumas informações sobre a saúde dela. Segundo a profissional, Cleonice disse que sofria de hipertensão e citou alguns remédios que costumava usar.
Esses dados estavam em uma ficha preenchida pela própria enfermeira e assinada e carimbada pelo médico, mas sem a assinatura da paciente.
Em nota, a Polícia Civil disse que instaurou um inquérito para apurar a causa e circunstâncias da morte.
O g1 Minas procurou a clínica CDI, onde, segundo o boletim de ocorrência, a morte teria ocorrido. No entanto, a empresa disse que o exame foi realizado em outra clínica. Essa clínica também foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.
Fonte: g1