Os obstetras do município de Mossoró iniciaram uma paralisação na manhã desta segunda-feira (25), com isso, os atendimentos estão prejudicados na Maternidade Almeida Castro. As informações são do portal Mossoró Hoje.
Segundo a diretora do HMAC, Larizza Queiroz, no momento, apenas dois obstetras estão atuando nas urgências e emergências, devido à uma pactuação com a Prefeitura de Mossoró. Nos demais casos, que não sejam de urgência e emergência, as pacientes estão sendo encaminhadas para o Hospital da Mulher.
O diretor-médico da unidade, Dr. Manoel Nobre, afirmou que a paralisação está acontecendo em virtude da situação insustentável a qual se encontra o Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró, que, segundo ele, está há sete meses sem receber pagamento por parte da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap).
Ele também informou que, na sexta-feira (22), o Governo do RN havia autorizado o pagamento de um terço desta dívida, referente a uma nota do mês de abril, mas que até o momento o dinheiro não entrou.
A Sesap informou, por meio de nota, que nesta segunda-feira (25) foi realizada uma reunião com os médicos representantes do Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO) e com a APAMIM. A Secretaria disse ainda que conseguiu antecipar para quarta-feira (27) uma audiência para a implementação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Nota da Sesap
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) vem a público esclarecer a situação relacionada à suspensão do pagamento dos médicos obstetras vinculados à APAMIM.
Na manhã de hoje, foi realizada uma reunião com os médicos representantes do Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO) e com a APAMIM, na qual avançamos na negociação para que os serviços sejam retomados imediatamente.
Destacamos que conseguimos antecipar para esta quarta-feira, às 10h, uma audiência para a implementação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o que oferecerá segurança jurídica para as partes envolvidas. Esse acordo permitirá a regularização do pagamento referente ao mês vigente e do passivo acumulado, que será quitado em parcelas.
Em relação ao bloqueio judicial do retroativo, a Sesap ainda não foi oficialmente notificada.
Acreditamos que, com o avanço das tratativas e a participação dos médicos na reunião e, posteriormente na audiência, será possível retomar a normalidade dos serviços.
Reiteramos nosso compromisso com a saúde pública e com o diálogo aberto para resolução de conflitos. Seguiremos empenhados em buscar soluções céleres e efetivas.