A professora Ludimilla Oliveira, reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), minimizou o bloqueio de verbas promovido na semana passada pelo Governo Federal no orçamento das instituições federais de ensino. Só a Ufersa teve bloqueados 14,5% da verba orçada para 2022, o equivalente a R$ 7 milhões.
Enquanto reitores de UFRN e IFRN reclamam do corte, alegando que podem não ter recursos para terminar o ano, a reitora – que foi nomeada para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro mesmo sem ter sido a primeira colocada na “eleição interna” da instituição – diz que o bloqueio não vai afetar o funcionamento da Ufersa.
“Esse sistema de bloqueio, de contingenciamento, durante a execução orçamentária acontece na administração pública, então, já tínhamos feito um planejamento nesse sentido”, afirmou ela, em entrevista ao jornal Agora RN. A reitora diz que tem a perspectiva de que o valor seja desbloqueado no decorrer do ano.
A reitora garante que não haverá impacto no andamento das ações desenvolvidas pela Universidade. “Esse tipo de bloqueio sempre acontece e vamos caminhar normalmente dentro da execução do planejamento orçamentário da Universidade até porque quando o valor for desbloqueado ele será utilizado, pois o orçamento orçamentário da instituição não é gasto de uma única vez. Temos recursos suficientes para aguardar o desbloqueio do valor”, frisou.
Ela complementa: “Não vai afetar nenhum pagamento – contratos, terceirizados, salários, auxílios estudantis – uma vez que estamos com a execução orçamentária equilibrada”.