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RN tem saldo negativo de empregos em fevereiro

Fonte: G1

O número de postos de trabalho formal diminuiu no Rio Grande do Norte em fevereiro. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira, 25, pelo Ministério da Economia,  foram fechados 2.249 postos de trabalho com carteira de trabalho assinada. O saldo negativo de fevereiro é maior, inclusive, ao registrado no mês anterior, que foi -1.359 vagas. No Nordeste, somente os Estados da Bahia, Ceará e Paraíba registraram abertura de postos formais de ocupação em fevereiro passado. No Brasil, o saldo ficou positivo em 173.139 carteiras assinadas. 

Do quantitativo de demissões ocorridas no Rio Grande do Norte em fevereiro, a maioria delas ocorreu na Agropecuária, que fechou 2.054 postos de trabalho. Em seguida, a Indústria de Transformação, com 916 desligamentos. Ocorreram fechamentos de postos de trabalho, também, na  Construção Civil: -148. O Comércio demitiu 109 pessoas; a Indústria Extrativa Mineral outras 68 e, a Administração Pública, 24. Os saldos positivos se concentraram no setor de Serviço, com 1.054 trabalhadores contratados, e no Serviço Industrial de Utilidade Pública, com 16 carteiras assinadas.

O comportamento do mês de fevereiro deste ano no Rio Grande do Norte se assemelha ao vivenciado nos últimos cinco anos: redução nas contratações formais. Em fevereiro de 2018, foram dispensados 3.570 trabalhadores. A última vez que o mês de fevereiro registrou saldo positivo desde a série histórica informada a partir de 2004, foi em 2014, com abertura de 931 vagas.

No Nordeste, os saldos positivos de geração de empregos se concentraram em três estados apenas: Bahia, com 5.706; Ceará, com 1.865, e Paraíba, com 432 carteiras assinadas em fevereiro passado. A maioria dos Estados, assim como o Rio Grande do Norte, registraram queda. Pernambuco é destaque negativo com 12.396 vagas fechadas, em decorrência do fim do ciclo canavieiro nesta safra. Em seguida, Alagoas com 5.034 fechamentos de postos de trabalho. Em Sergipe, -2.162 ; no Maranhão, -982, e no Piauí, -100.

Brasil
O Brasil registrou a abertura de 173.139 novos postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro. O saldo desse mês é o sexto melhor da série histórica do cadastro desde 1992. Além disso, é o terceiro ano consecutivo de saldos positivos e crescentes após os anos de recessão, o que reflete a recuperação do contingente de empregos celetistas desde 2017. Em fevereiro, o estoque de empregos alcançou 38,6 milhões de postos de trabalho formais, um aumento de 0,45% em relação ao mês anterior e de 1,51% em relação ao mesmo período do ano passado.

O saldo do mês é mais que o dobro do registrado em fevereiro de 2018, quando foram gerados 61.188 postos. Em janeiro, o saldo foi de 34.313 empregos. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o saldo de 2019 chega a 207,4 mil, superior em 68,4 mil ao do mesmo período de 2018 (139 mil) e em 130,9 mil ao de 2017 (76,4 mil). Esse resultado representa um crescimento de 49,2% na abertura de postos de trabalho, em relação ao acumulado do mesmo período de 2018, e de 171,2%, em relação ao de 2017.
Compare abaixo os números de janeiro e fevereiro de 2019:
Janeiro/2019
Indústria de transformação:     -141

Extrativa mineral:     -97

Serviços Industriais de Utilidade

Pública:     -4

Construção civil:     -55

Comércio:     -1.017

Serviços:     +1.059

Administração pública:     -6

Agropecuária:     -1.098

Total de admissões:     12.094

Total de demissões:     13.453

Saldo:     -1.359

Fevereiro/2019
Indústria de transformação:     -916

Extrativa mineral:     -68

Serviços Industriais de Utilidade

Pública:     +16

Construção civil:     -148

Comércio:     -109

Serviços:     +1.054

Administração pública:     -24

Agropecuária:     -2.054

Total de admissões:     11.845

Total de demissões:     14.094

Saldo:     -2.249Fevereiros no RN
2010:     -780

2011:     -127

2012:     -2.212

2013:     -844

2014:     +931

2015:     -4.013

2016:     -4.438

2017:     -1.282

2018:     -3.570

2019:     -2.249
Saldo é a diferença entre contratações e desligamentos. Quando está positivo significa que o número de trabalhadores admitidos superou o de dispensados.

Fonte: CAGED / Ministério da Economia

Trabalho intermitenteOs dados de fevereiro apontam um saldo de 4.346 postos de trabalho na modalidade Intermitente e 3.404 na modalidade Parcial. As maiores gerações de vagas de trabalho intermitente ocorreram nos setores de Serviços (2.311) e Comércio (973). Na Indústria de Transformação foram geradas 656 vagas no mês. No Parcial, também o setor de Serviços foi destaque, com geração de 2.658 postos, seguido do Comércio, que criou 424 vagas no mês.

Os desligamentos por acordo entre as partes propiciaram 19.030 desligamentos no mês de fevereiro. A maioria dos desligamentos (8.930) ocorreu no setor de Serviços, seguido do comércio (4.722) e da Indústria da Transformação (3.305). Entre os Estados, houve mais demissões por acordo em São Paulo (5.892), Paraná (2.273) e Rio Grande do Sul (1.739). As ocupações de Vendedor de Comércio Varejista (977), Faxineiro (812) e Auxiliar de Escritório (681) foram as que tiveram mais acordos de desligamentos em fevereiro.

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