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[VÍDEO] Prefeito critica proposta de consórcio para ortopedia na Grande Natal: “Municípios estão sufocados financeiramente”

Prefeito de São Tomé e ex-presidente da Femurn, Babá Pereira (PL) - Foto: Maria Clara de Araújo / 98 FM
Prefeito de São Tomé e ex-presidente da Femurn, Babá Pereira (PL) - Foto: Maria Clara de Araújo / 98 FM

O prefeito de São Tomé, Babá Pereira (PL), afirmou nesta terça-feira (26) que os municípios potiguares não têm condições de arcar com os custos de um novo pronto-socorro na área de ortopedia – algo que tem sido proposto pelo Governo do Estado. Segundo ele, as prefeituras estão “sufocadas financeiramente” e atualmente já abrem mão de recursos da saúde para que o Governo do Estado absorva a demanda nessa área.

A fala do prefeito ocorreu em entrevista à 98 FM no momento em que o Governo do Estado está propondo a seis municípios da Grande Natal a criação de um consórcio para bancar um novo pronto-socorro na área de ortopedia. O serviço seria uma forma de aliviar a pressão sobre o Hospital Walfredo Gurgel, que está superlotado.

A estimativa do governo é que o novo hospital custe R$ 900 mil. O governo pagaria 40% do custo e seis municípios entrariam com os 60% restantes: Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Ceará-Mirim, São José de Mipibu e Extremoz. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesap), esses são os municípios que enviam mais pacientes ortopédicos para o Walfredo Gurgel atualmente.

“A gente vê com muita preocupação essa situação. Os municípios já estão sufocados financeiramente. Toda a pactuação que é feita nos municípios para a questão ortopédica já é repassada para o Estado. Os municípios, além de não terem essa condição financeira, não tem a condição de infraestrutura”, afirmou Babá Pereira, em entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM.

Babá Pereira é ex-presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), que representa as 167 prefeituras potiguares. Na semana passada, a entidade soltou uma nota na qual também critica a proposta do Governo do Estado, alegando que os municípios não têm condições financeiras para bancar o novo serviço. O Governo do Estado rebateu alegando que paga serviços de responsabilidade dos municípios atualmente.

Na entrevista à 98 FM, o prefeito de São Tomé registrou que, atualmente, prefeituras já investem mais em saúde do que o Governo do Estado, proporcionalmente. De acordo com ele, enquanto o Estado investe cerca de 12% do seu orçamento em saúde, há municípios que gastam em torno de 35%.

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