
O secretário de Saúde de Natal, George Antunes, afirmou nesta terça-feira (4) que não vê mais necessidade de realizar testagem em massa para diagnosticar possíveis casos de Covid-19 na população – mesmo após a confirmação dos primeiros casos da variante ômicron na cidade.
Em entrevista ao programa “12 em Ponto 98”, da 98 FM, o secretário de Saúde minimizou os riscos de estarmos diante de um repique de casos de Covid sem diagnóstico preciso. Ele afirmou que não tem importância diferenciar se é gripe ou Covid-19, no momento em que Natal vive um surto de síndrome gripal.
Além disso, o secretário manifestou ter confiança de que estamos realmente em um surto de gripe – por causa da manutenção da queda nas ocupações hospitalares e dos baixos números de testes positivos para Covid mesmo entre os poucos que estão sendo testados.
Para George Antunes, apesar de os sintomas de Covid-19 serem parecidos com os de gripe, o momento de realizar testes em massa “já passou”. O objetivo agora, segundo ele, é apenas rastrear, por amostragem, a possível circulação de variantes do coronavírus.
“O momento de testar passou. Qual a finalidade de testar? Epidemiológica, não para fins diagnósticos. Estamos fazendo por amostragem. Pacientes que têm uma forte indicação de fazer o teste da Covid, o médico, ao examinar, vai ter usas suspeitas e vai pedir (o exame). Se aquele exame for positivo para Covid, o Instituto de Medicina Tropical (IMT) vai trabalhar e identificar que variante está circulando entre nós”, enfatizou George Antunes.
Segundo o secretário de Saúde, na avaliação clínica, médicos têm condições de diferenciar casos de Covid de gripe. Ele não explicou quais seriam as principais diferenças, dizendo que esta é uma atribuição que cabe apenas ao médico. O teste é indicado, segundo ele, apenas nos casos em que o caso for sugestivo de Covid-19.
“Tem diferenças clínicas entre uma e outra que só o médico sabe, e tem obrigação de saber, identificar. Durante a consulta, ele vai direcionar o paciente para uma avaliação. Se tem forte suspeita de ser Covid, ele vai pedir exames específicos para Covid. Não necessariamente precisa pedir RT-PCR, mas exames que levantam suspeita, como as dosagens bioquímicas”, declarou.
Ele complementou: “Não é o momento de fazer testagem em massa. O momento é de fazer o trabalho de vigilância epidemiológica. De todos os testes que fizemos nos últimos dois meses, apenas 5% deram positivo para Covid”.