Os rodoviários iniciaram uma paralisação na manhã desta terça-feira e somente 30% da frota está circulando. A greve é por tempo indeterminado e atinge todas as linhas que circulam na capital.
O Sindicato dos Rodoviários (Sintro) publicou edital de greve na sexta-feira (14). Os trabalhadores reivindicam o ajuste salarial que não é feito há dois anos e cobram, também, retorno do pagamento integral do vale-alimentação, que corresponde ao valor de R$ 360. Segundo o Sintro, há dois anos os rodoviários recebem metade dessa quantia, R$ 180.
Por outro lado, os empresários afirmam que não têm condições de conceder o reajuste. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) encaminhou ofício solicitando reunião em caráter de urgência com prefeito de Natal, Álvaro Dias, para definir o dissídio coletivo do setor. Segundo o consultor técnico do Seturn, Nilson Queiroga, é preciso um posicionamento da Prefeitura do Natal para que seja possível definir um reajuste aos trabalhadores.
“O que tem salvado as empresas até agora são as isenções. O Governo renovou (isenção do ICMS sobre combustível) e a Prefeitura ainda não se posicionou se vai isentar ou não o ISS, e se vai ter reajuste de tarifa. Mas só a isenção não resolve o problema”, disse Queiroga.
De acordo com ele, a STTU respondeu a questionamento da Justiça sobre a planilha de composição tarifária e disse que a tarifa técnica estava calculada em R$ 4,12. Segundo Queiroga, a previsão da nova tarifa, inclusive, não tinha a previsão de isenção e do reajuste de motoristas. “O Seturn solicitou a audiência com o prefeito, junto ao presidente do Sintro, para que o prefeito diga qual é o percentual que cabe dentro da planilha tarifária”, pressionou.
Atualmente, a tarifa de ônibus custa R$ 3,90 para quem faz o pagamento através do cartão de passagens e R$ 4,00 para quem paga em dinheiro. Até o momento, não há a confirmação sobre uma audiência entre empresários, Executivo e rodoviários.