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Dinheiro esquecido: mais de 16 milhões com valores a receber ainda não fizeram consulta no site do BC

Montante inclui valores a serem devolvidos para 28 milhões, sendo 26 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas, segundo o BC

Na primeira fase do SVR (Sistemas de Valores a Receber), foram liberadas as consultas a R$ 4 bilhões. Foto: Agência Brasil

Mais de 16,7 milhões de brasileiros e empresas com dinheiro ‘esquecido’ em bancos ainda não realizaram a consulta no novo site do Banco Central (BC).

Na primeira fase do SVR (Sistemas de Valores a Receber), foram liberadas as consultas a R$ 4 bilhões. O montante inclui valores a serem devolvidos para 28 milhões, sendo 26 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas, segundo o BC.

Até as 12h desta terça-feira (15), 59.964.368 clientes, pessoas físicas e empresas, tinham feito consultas no sistema para saber se têm algum dinheiro esquecido. Desse total, segundo o BC, 11 milhões de contas de pessoas físicas e 222 mil contas de pessoas jurídicas tinham algum alguma quantia a receber. Outros 48,7 milhões não tinham saldo.

Ou seja, 81%, ou 8 em cada 10 consultas, não encontraram valores a receber.

A consulta e resgate são feitos exclusivamente pelo site https://valoresareceber.bcb.gov.br/, lançado nesta semana pelo Banco Central.

Balanço das consultas, até 12h de 15/02

  • Pessoas físicas: 58.806.854
  • PF com saldo: 11.001.451
  • PF sem saldo: 47.805.403
  • Pessoas jurídicas: 1.157.514
  • PJ com saldo: 222.166
  • PJ sem saldo: 935.348
  • Total geral de consultas: 59.964.368

Qual é o valor?

O primeiro acesso ao site do BC permite ver se há dinheiro a receber, mas não mostra o valor a ser devolvido. Ao fazer a consulta, o cliente do banco recebe uma data e período para consultar o saldo e solicitar o resgate.

O Banco Central não divulgou o valor médio esquecido nos bancos ou detalhes sobre a quantia que a maioria dos beneficiários irá receber. Informou apenas que os saldos “variam muito entre os beneficiados”.

Considerando o montante de R$ 4 bilhões desta fase 1 informado pelo Banco Central e o total de 28 milhões de beneficiários, incluindo CPFs e CNPJs, o valor médio a ser devolvido é de apenas R$ 142,85 por pessoa ou empresa.

Como fazer a consulta e pedir o resgate

Ao fazer esta primeira consulta, o cliente do banco recebe uma data e período para consultar os valores e solicitar o resgate do saldo existente. As datas são agendadas de acordo com o ano de nascimento da pessoa ou da criação da empresa, conforme calendário abaixo:

Calendário do Banco Central – Valores a receber

Data de nascimento (pessoa) ou de criação (empresa)Período de agendamento (consulta e resgate)Data de repescagem (para quem perder a data agendada)
Antes de 19687 a 11/312/3
Entre 1968 e 198314 a 18/319/3
Após 198321 a 25/326/3

Fonte: Banco Central

Como consultar valores de familiares que já morreram?

Tendo em mãos o número de CPF ou CNPJ e a data de nascimento ou de abertura da empresa, já é possível saber se há ou não recursos esquecidos vinculados a uma pessoa ou empresa – mesmo que o titular já tenha falecido, ou a empresa sido fechada.

Os procedimentos para a consulta dos valores e solicitação da devolução nesses casos, porém, ainda não foram detalhados pelo BC. O Banco Central promete informar ‘em breve’ quais serão os procedimentos para que a consulta de valores e o resgate possam ser feitos por terceiros.

BC vai liberar consultas a novo lote em maio

Quem não tiver valores a receber nesta etapa poderá ter nas próximas fases. Em 2 de maio, as consultas a uma nova fase serão abertas. O BC estima em R$ 8 bilhões o valor total a ser devolvido aos clientes em 2022.

Assim, quem não encontrou dinheiro na primeira fase de consultas, aberta na noite de domingo (13), ainda pode ter recursos a receber nas próximas etapas.

Entenda as fases da devolução

Na primeira fase do serviço são cerca de R$ 4 bilhões de valores a serem devolvidos para físicas e jurídicas. Os valores decorrem de:

  • contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
  • tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
  • cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e
  • recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

O restante dos valores será disponibilizado a partir de maio e no decorrer deste ano de 2022, fruto de:

  • tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;
  • contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
  • contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e
  • outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

Segundo o Banco Central, os valores esquecidos nos bancos referentes a esta primeira fase serão devolvidos a partir de 7 de março. Para os demais valores, ainda não foram informadas as datas.

Fonte: G1

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