Por Renato Cunha Lima
A mesa andou mesmo em alta nos últimos dias, nas mesas e bancas de apostas há quem diga que muita coisa mudou na política brasileira no início deste ano eleitoral.
Os partidos olhando para a tal federação e definindo suas prioridades e estratégias e as pesquisas mostrando o encurtamento da distância de Lula e Bolsonaro.
Agora um assunto promete polêmica, novamente o sistema eleitoral brasileiro, ainda mais com o ex-ministro do governo Bolsonaro, general Fernando Azevedo e Silva, denegando do convite do TSE para assumir a diretoria geral da corte.
Algo que soou com desconfiança e ocorre logo depois do TSE divulgar relatório que estava em sigilo, contendo 69 páginas e três anexos, com outras 635 folhas com os questionamentos do Exército e as respectivas respostas, em face da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE).
No relatório, a grande supresa, o TSE admite ter identificado um total de 712 riscos em seus projetos de tecnologia da informação desde as eleições de 2018, sendo no total, 68 riscos considerados críticos, 257 riscos altos, 230 riscos moderados e 157 riscos pequenos.
O TSE, também, confessa no relatório, que na eleição de 2018 foram identificados 207 riscos, na eleição de 2020, 292 riscos e neste ano, incríveis 213 casos.
O que corrobora com a fala do novo presidente do TSE, ministro Luís Edson Fachin, que afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na quarta-feira, 16, que a “Justiça Eleitoral já pode estar sob ataque de hackers”.
Uma virada de mesa que destoa da fala sempre agressiva, intempestiva e descabida do ministro Luís Roberto Barroso, que ainda chegou ao ponto de dizer: “Eu não acredito que as Forças Armadas se coloquem a serviço de um discurso inaceitável de um capitão”.
Ora, os ministros falaram e falam demais fora dos autos, foram agressivos além da conta do aceitável e entraram em contradição com um vasto documento técnico do próprio TSE respondendo os questionamentos do Centro de Defesa Cibernética do Exército. E agora?
O TSE se apequenou e a sentença prática e a última palavra acabou ficando na mesa do general de divisão, Heber Garcia Portella, que até o momento só fez questionar.
Quem colocou a justiça eleitoral em vulnerabilidade foi o seu ex-presidente, ministro Luís Roberto Barroso. Isso está claro.
Ainda há muito jogo pela frente, seja nas mesas das autoridades a mesa de bilhar, de botão e de poker, onde na política as apostas são altas e o jogo além de bruto promete grandes emoções, entretanto não podemos aceitar trapaça por debaixo da mesa, tudo precisa ocorrer em pratos limpos para o bem do país e de nossa democracia.