antes-visualizacao-noticia

Chuva volta a cair em Petrópolis, que já soma 130 mortos pelo temporal

Só no Morro da Oficina, cerca de 80 casas foram engolidas com força pelas torrentes de barro

Imagens de drone das áreas de deslizamento de encosta em Petrópolis, em decorrência das fortes chuvas que atingiram, a região serrana do Rio de Janeiro - Foto: TV Brasil/Agência Brasil
Imagens aéreas mostram destruição em Petrópolis (RJ) - Foto: TV Brasil / Reprodução

A cidade serrana de Petrópolis voltou a registrar fortes chuvas nesta sexta-feira (18), três dias após um temporal histórico que deixou ao menos 130 mortos e cobriu bairros inteiros de lama, sob a qual ainda há desaparecidos.

De volta de sua viagem à Rússia e à Hungria, o presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a cidade nesta sexta-feira e visitou brevemente a área devastada, acompanhado de vários de seus ministros.

“Vimos uma intensa destruição, uma imagem quase de guerra”, disse Bolsonaro em sua chegada, em declarações transmitidas pela televisão.

O presidente se defendeu das críticas pela tragédia, que ocorreu devido a chuvas torrenciais em uma área montanhosa de construções precárias.

“Nós não temos como nos precaver de tudo o que possa acontecer nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados. A população logicamente tem razão em criticar, mas aqui é uma região bastante acidentada. Infelizmente tivemos outras tragédias aqui. Vamos fazer a nossa parte”, acrescentou.

Nesta antiga cidade imperial, situada ao norte do Rio de Janeiro em uma região serrana, o trabalho de busca não para, apesar de a esperança de encontrar vítimas com vida seja escassa.

O Morro da Oficina, uma das colinas do bairro Alto da Serra, pode ser considerado o epicentro da tragédia. Cerca de 80 casas foram engolidas com força pelas torrentes de barro que arrastaram carros, ônibus com passageiros e tudo ao seu redor.

“Pode ser que ainda tenha mais de 50 pessoas aqui embaixo, desde terça-feira já foram retirados 98” corpos, explicou à AFP Roberto Amaral, coordenador do grupo especializado em desastres naturais do Corpo de Bombeiros Civis, enquanto efetivos e voluntários retiravam escombros e cavavam a lama com pás e enxadas em busca de algum vestígio de vida.

“Gostaríamos de terminar o quanto antes, mas aqui temos que trabalhar até que saia o último”, acrescentou.

Pela manhã, choveu com força e as autoridades municipais voltaram a ativar as sirenes de alerta por riscos de deslizamento. Após o meio-dia, a chuva deu uma trégua.

fim-visualizacao-noticia