Por Renato Cunha Lima
O globalismo ocidental vem conseguindo a inacreditável proeza de se aproximar mais do “nazismo”, que o próprio socialismo supremacista do crápula do Wladimir Putin.
A maioria das sanções econômicas impostas a Rússia se justificam apenas por um curto prazo. Não deixa de ser uma pressão por uma solução diplomática para a paz.
Entretanto, o impacto das sanções serão sentidas em todo o mundo, inclusive no Brasil, com a eminente inflação dos combustíveis, alimentos e ainda as ameaças ao nosso bem sucedido agronegócio, muito dependente dos fertilizantes russos e bielorrussos.
Na Alemanha a situação é ainda mais complexa. A maior economia da Europa é altamente dependente do fornecimento de gás russo e mais, uma fábrica da Volkswagen já foi obrigada a interromper a fabricação de veículos elétricos, pois o fornecedor de matéria-prima se encontra no oeste da Ucrânia.
A Índia, a exemplo do Brasil, com o agravante de ter um população gigantesca, pode ter sua agricultura inviabilizada pela impossibilidade de receber os fertilizantes russos. A fome inegavelmente pode aumentar no mundo.
A questão que as represálias e sanções econômicas estão transcendendo para o surgimento ou ressurgimento da “russofobia” no ocidente, em nível maior que na época da guerra fria.
Qual a culpa dos atletas russos com os atos absurdos de Wladimir Putin? O que justifica a Fifa banir a seleção de futebol da Rússia das eliminatórias da Copa do Mundo?
O Conselho Mundial de Atletismo proibiu todos os atletas da Rússia e de Bielorrússia de competir nos eventos da World Athletics Series.
A Federação Internacional de Hóquei no Gelo (IIHF) suspendeu, também, todas as equipes internacionais e de clubes da Rússia e de Bielorrússia de competir em eventos da organização.
A Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês) divulgou um comunicado anunciando “a suspensão imediata da Federação Russa de Tênis (RTF, em inglês) e da Federação Bielorrussa de Tênis (BTF, em inglês) da associação e da participação na competição internacional de equipes até novo aviso”.
No vôlei, todas as seleções, clubes e oficiais da Rússia e de Bielorrússia, bem como atletas de vôlei de praia e neve, estão suspensos de todos eventos.
Outras sanções esportivas ocorreram no badminton, beisebol, softbol, canoagem, curling, hóquei, rugby, judô, patinação, esqui, na natação e no triathlon.
Não para por aí, a tradicional vodca russa sumiu das prateleiras dos EUA e Canadá e até um resort do litoral potiguar resolveu aderir ao boicote que se espalha no mundo.
As redes sociais, claro, não ficaram de fora do cancelamento global, todas baniram a população russa dos aplicativos. Parece que querem sumir com a Rússia, o país de maior extensão territorial, do mapa, assim como os russos da existência do planeta.
Essa ideia é uma espécie de “extermínio xenofóbico” que se assemelha ao nazismo , ou não? Qual a dificuldade de focar toda a revolta mundial em quem realmente tem culpa?
Até entendo o bloqueio de bens de alguns bilionários e oligarcas russos com ligações diretas com o Wladimir Putin. O bilionário Roman Abramovich, inclusive, está sendo obrigado a vender o Chelsea, clube inglês que acabou de ser campeão mundial de clubes, mas vejo um exagero em criar esse “ódio”todo ao povo russo.
Vejam a situação dos dois astronautas russos que estão sendo obrigados a conviver com quatro astronautas americanos e um alemão na estação espacial internacional.
—Que loucura! A situação não deve está fácil para os astronautas russos , Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov, coitados.
Para ninguém dizer que não estou tendo empatia com o povo ucraniano, que de fato está recebendo bombas e mísseis russos na cabeça, uma sugestão para a paz mundial:
— Resgatar os astronautas russos, os americanos e o alemão e no lugar deles, condenar Wladimir Putin, Joe Biden, Emmanuel Macron, Boris Jonhson, Justin Trudeau e Xi Jinping a vagar pelo espaço na estação espacial internacional, com o Volodymyr Zelensky fazendo stand-up comedy.
— Que tal? Resolvido o problema!