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Vereador acusado de furar fila do SUS é “salvo” pela Câmara de Parnamirim e escapa de ser cassado

Eram necessários 12 votos favoráveis para cassar o mandato de Diogo Rodrigues, mas apenas 8 parlamentares votaram pela cassação

Vereador Diogo Rodrigues (PSD), de Parnamirim - Foto: Reprodução

O vereador de Parnamirim Diogo Rodrigues (PSD), acusado pelo Ministério Público de comandar um esquema de fura fila do SUS para exames e cirurgias, em troca de dinheiro e apoio político, escapou da cassação nesta quinta-feira (10).

Em sessão extraordinária secreta, a Câmara Municipal não conseguiu reunir os votos suficientes para decretar a perda do mandato do parlamentar, por quebra de decoro.

Eram necessários 12 votos favoráveis para cassar o mandato de Diogo Rodrigues, mas apenas 8 parlamentares votaram pela cassação. Outros 8 parlamentares se abstiveram e 1 vereador faltou à sessão. Confira abaixo como votou cada vereador.

Apesar de ter tido o mandato preservado, Diogo Rodrigues segue afastado da Câmara de Parnamirim por determinação judicial. A Casa cumpre decisão da juíza Manuela Barbosa, da 2ª Vara Criminal de Parnamirim – que determinou o afastamento dele da Câmara Municipal por 180 dias (válido até junho).

É a 2ª vez que Diogo Rodrigues fica afastado do mandato para o qual foi eleito em 2020. A primeira foi em abril do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Fura Fila. Na ocasião, o vereador também foi preso preventivamente. Ele foi solto e devolvido ao mandato em dezembro, mas dias depois a juíza voltou a determinar o afastamento – que será cumprido agora.

Dr. César Maia ocupa o cargo de vereador interinamente.

O caso

Ex-chefe da Central de Regulação de Parnamirim, Diogo Rodrigues é o principal alvo da “Operação Fura-Fila”, que apura um possível esquema de fraudes envolvendo a marcação de consultas e exames no Sistema Único de Saúde (SUS).

Somadas as quatro denúncias já oferecidas pelo Ministério Público Estadual (MPRN) e recebidas pela Justiça do RN, Diogo Rodrigues responde 300 vezes por corrupção passiva, 300 vezes por peculato, 476 vezes por inserção de informações falsas em banco de dados da administração pública, 83 vezes por lavagem de dinheiro e uma vez por fraude em licitação.

Confira os posicionamentos:

Votaram pela cassação:

  • Afrânio Bezerra (Avante)
  • Carol Pires (União Brasil)
  • Diego Américo (PSB)
  • Eder Queiroz (PSC)
  • Gabriel César (PL)
  • Léo Lima (PSC)
  • Michael Borges (Avante)
  • Thiago Fernandes (Solidariedade)

Abstenção:

  • Binho de Ambrósio (Solidariedade)
  • Fativan Alves (PV)
  • Gustavo Negócio (Republicanos)
  • Irani Guedes (Republicanos)
  • Vavá Azevedo (PP)
  • Marquinhos da Climep (Avante)
  • Rhalessa de Clênio (PTB)
  • Wolney França (PSC)

Impedido:

  • Dr. César Maia (PSD) – Suplente de Diogo Rodrigues e autor da denúncia

Ausência:

  • Professor Ítalo (PSDB)
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