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MPF recorre de decisão que absolveu Aécio Neves por R$ 2 milhões da J&F

Deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso nesta sexta-feira, 11, contra a sentença que absolveu o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) da acusação de corrupção pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões em propina da J&F.

Depois de quase quatro anos da abertura do processo, a partir de uma denúncia oferecida pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot, o juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, concluiu que ficou ‘provada a inexistência do crime’.

A decisão também beneficia a irmã do tucano, Andrea Neves, o primo deles, Frederico Pacheco de Medeiros, e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima.

Uma das provas apresentadas contra o tucano é a gravação em que ele pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS, sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.

O juiz acolheu os argumentos da defesa, de que o pano de fundo da conversa foi a proposta de venda de um apartamento da família do político no Rio de Janeiro, e concluiu que a negociação foi regular.

Em seu recurso, o MPF contesta dois pontos: a transação ter ocorrido sem a formalização de um contrato e o pagamento em dinheiro vivo e não por transferência bancária.

O Ministério Público Federal também reafirmou ‘não ter dúvidas’ de que houve corrupção.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO AÉCIO NEVES

Em nota divulgada ontem, após a decisão que declarou sua absolvição, Aécio Neves divulgou a seguinte nota:

“A farsa foi desmascarada. Depois de cinco anos de explorações e injustiças, foi demonstrada a fraude montada por membros da PGR e por delatores que colocou em xeque o estado democrático de direito no País. Em depoimento prestado à Justiça de São Paulo, o próprio delator Joesley Batista reconheceu que nunca houve qualquer irregularidade, qualquer pedido de recursos ou qualquer contrapartida na relação mantida com Aécio Neves. A justiça demorou para ser feita, mas se impôs. A lamentar o injusto sofrimento causado a tantas pessoas de bem por tanto tempo.”

Fonte: Estadão

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