De acordo com dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), o número de divórcios no país disparou em 07 anos. Um aumento de 3,95% em comparação ao ano de 2020, num total de 80.573 separações oficializadas em cartórios, quando esses registros chegaram a 77.509, e de 16,8% em comparação com os 69.001 formalizados em 2015.
Desde 2017, o índice de casais que não querem mais ficar oficialmente juntos vem aumentando. A cada 100 casamentos celebrados, em média, nove acabam em divórcio.
Para a presidente do Colégio Notarial do Brasil (entidade representativa dos mais de 9 mil tabeliões do país), Giselle Oliveira de Barros, o aumento de divórcios se deve muito a um efeito sociológico da pandemia.
“A pandemia criou muitos ‘casais provisórios’, enquanto a quarentena obrigou um convívio direto e constante”, avalia e aponta que o atendimento on-line ajudou no aumento de divórcios.
“O divórcio por videoconferência impulsionou o desejo de muitos casais que buscavam uma forma prática de realizar o ato e, muitas vezes, sem ter que rever o parceiro”, conclui.
Entre os estados brasileiros o Pará tem a maior taxa
Para cada 100 casamentos registrados em cartórios no estado em 2021, 36 outros casais resolveram que a relação já não tinha mais como seguir, e pediram o divórcio. O que representa quatro vezes a médica nacional de nove a cada 100 matrimônios.
Já o estado de Alagoas tem a menor taxa, duas separações a cada 100 matrimônios. O Rio Grande do Norte tem 5% no índice de divórcios.
*Com informações do Metrópoles