Durante uma reportagem do Balanço Geral Pernambuco, realizada nessa segunda-feira, 11, um homem fugiu de uma abordagem policial. Na ocasião, o repórter Bruno Araújo, que presenciou a cena, tentou ajudar na captura utilizando um carro da emissora. A perseguição aconteceu na cidade de Porto de Galinhas, em Pernambuco, e foi transmitida ao vivo na TV Guararapes, filiada da Record.
A ação teve início após o advogado do fugitivo, David Kenion, e sua mãe, que não teve a identidade revelada, irem à casa onde ele estava para tentar convencê-lo a se apresentar à Polícia. Ao UOL, o profissional afirmou que Manoel, de 23 anos, desistiu de ir à delegacia ao perceber a aproximação de uma viatura descaracterizada e a presença de um policial.
“Olha só, ele vai correr pelo o que tudo indica. A gente está ao vivo aqui e ele está correndo nesse momento. A gente veio para ele se entregar e os policiais estão aqui neste momento. Ele foge”, falou o repórter ao perceber a fuga do suspeito. Enquanto narrava a cena, Bruno correu atrás do suspeito na tentativa de alcançá-lo. Assista ao vídeo no player abaixo ou direto no YouTube.
Na gravação, é possível ver o momento em que ele pede para que o motorista do carro da TV o ajudasse na missão. Apesar do esforço, o homem não foi capturado. Minutos após a fuga, o advogado do jovem se disse surpreso com tal atitude. “[Essa reação foi uma] surpresa e decepcionante, eu fiquei decepcionado. Eu quero entregar, eu quero mostrar, quero que ele apareça para provar que ele não fez nada contra a polícia, infelizmente ele correu”, disse.
A área foi cercada pela Polícia Civil de Pernambuco após determinação do delegado responsável pelo caso. Até a última atualização desta reportagem, o suspeito não havia sido capturado.
Homem que fugiu de repórter é suspeito de envolvimento no Caso Heloísa
Em 30 de março, Heloísa Gabrielle, de 6 anos, foi morta após ser atingida por uma bala perdida enquanto brincava na frente de casa da avó, na comunidade Salinas, em Porto de Galinhas. A menina foi socorrida e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ipojuca, mas não resistiu aos ferimentos.
A tragédia ocorreu durante uma troca de tiros entre o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e suspeitos de tráfico de drogas. O governo alegou que houve confronto, já moradores da comunidade e familiares da criança, incluindo o pai dela, disseram que os militares “chegaram atirando”, na tentativa de fazer o suspeito que estava em uma moto parar.
De acordo com o Jornal do Commercio, o governo de Pernambuco enviou cerca de 250 policias civis e militares para reforçar a segurança em Porto de Galinhas.
Fonte: O Povo