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VÍDEO: Robinson acusa Fátima de ter usado mandato de senadora para prejudicá-lo: “Ela boicotou meu governo em Brasília”

Segundo ex-governador, suposto “boicote” promovido por Fátima foi um dos responsáveis pelo atraso de salários de servidores

Ex-governador Robinson Faria (PL) e a atual, Fátima Bezerra (PT) - Foto: Reprodução

O ex-governador Robinson Faria, pré-candidato do PL a deputado federal, afirmou nesta quinta-feira (5), em entrevista à TV TCM, que a governadora Fátima Bezerra (PT) “boicotou” seu governo quando era senadora e tinha acesso à então presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2015 e 2016.

Segundo Robinson, a então senadora Fátima Bezerra usou sua influência no Governo Federal para “trancar as portas em Brasília” para o então governador, prejudicando a gestão, de olho na possibilidade de ser eleita governadora em 2018 – o que se concretizou.

De acordo com o ex-governador, o suposto “boicote” promovido por Fátima foi um dos responsáveis pelo atraso de salários de servidores ocorrido durante o seu governo. O pagamento das folhas atrasadas, de quase R$ 1 bilhão, é apontado como a principal realização da atual gestão.

“Ela me ataca, mas não conta que não ajudou em nada. Ela não conta que governou comigo. Por que não ajudou? Usufruiu do governo, deixou conta para mim e ficou com a parte boa: indicar carguinhos para fortalecer o PT, indicar os seus afilhados no meu governo. Indicou, mas não ajudou”, afirmou Robinson Faria.

O ex-governador complementa: “Ela boicotou o meu governo. Você boicotou o meu governo em Brasília com seu mandato de senadora. Trancou as portas para o meu governo. Para mim, não. Para o povo do Rio Grande do Norte”.

Veja vídeo:

Fátima e Robinson foram eleitos senadora e governador, respectivamente, na mesma chapa em 2014. Os dois permaneceram aliados até 2016, quando o então deputado Fábio Faria, filho de Robinson, votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Neste momento, o PT rompeu com Robinson e começou a trabalhar a candidatura de Fátima Bezerra, eleita governadora em 2018. O mandato da senadora ficou com o 1º suplente, o atual senador Jean Paul Prates (PT).

Robinson Faria afirma que, por ser aliada do governo, Fátima deveria ter ajudado a administração, já que tinha trânsito no Palácio do Planalto.

“A senadora Fátima Bezerra, aliada da presidente Dilma, minha aliada, que indicou metade do meu governo, tinha compromisso com o Rio Grande do Norte também. Não era só Robinson. Por que só eu? Quem tinha acesso ao PT era ela, muito mais do que eu. Eu fui a Brasília várias vezes pedir socorro ao Governo Federal. Ajudaram Alagoas, Bahia, Rio Grande do Sul, Pezão (então governador do Rio de Janeiro). Por que não ajudaram o Rio Grande do Norte? Eu implorei. Milhões para Alagoas, Paraíba e nada para o Rio Grande do Norte. O tempo foi passando e o dinheiro foi se acabando”, registrou o ex-governador.

O ex-governador também culpou outros integrantes da bancada federal do Rio Grande do Norte à época por agirem contra o seu governo, especialmente em 2018, quando havia a possibilidade de o Estado receber um repasse extraordinário para pagar os salários dos servidores. Na última hora, o repasse foi travado no Tribunal de Contas da União (TCU) – segundo Robinson, por influência de deputados e senadores potiguares.

“Eu cometi a ingenuidade de anunciar que iria fazer os pagamentos. Porque o TCU já tinha aprovado. Mas a maldade já estava sendo tramada. No dia seguinte, amanheceram senadores e deputados federais e disseram a Michel Temer que, se ele liberasse o dinheiro, iriam romper. E o dinheiro foi cancelado. Eu fiquei sozinho pendurado no pincel”, finalizou.

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