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VÍDEO: Mulher chama jovem negro de ‘macaco’ em discussão por conta de açaí

O caso aconteceu nesta segunda-feira (9) e foi gravado pela própria vítima, o empresário Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos. Foto: Reprodução

O dono de um quiosque que vende açaí em Taguatinga, no Distrito Federal, foi alvo de ofensas racistas feitas por uma cliente. O caso aconteceu nesta segunda-feira (9) e foi gravado pela própria vítima, o empresário Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos.

Nas imagens, é possível ver a mulher atacando verbalmente o rapaz. “Macaco, preto, idiota, palhaço, ridículo, ET, inútil, pateta”, disse. À TV Globo, Paulo contou que o produto que vende já vem batido com xarope de guaraná e banana. No entanto, a cliente queria que ele vendesse sem banana. Ao informar que não seria possível, foi atacado pela mulher.

O empresário pretende registrar ocorrência policial nesta quarta (11). A reportagem não conseguiu contato com a suspeita.

Ataque racista

No vídeo, a mulher disse: “Faz meu açaí. Quem manda aqui sou eu. Você está na minha cidade”. O atendente retrucou, dizendo que ela não seria atendida no local.

O bate-boca continuou e a mulher até sentou em uma das cadeiras do estabelecimento. O atendente repetiu que não serviria nada para ela. “Veremos”, disse a mulher no final do vídeo.

O empresário disse que nunca tinha passado por uma situação parecida. “Nem pessoal, nem na loja. Não tinha presenciado nada perto disso”, afirma Paulo. Segundo ele, a mulher, que já foi à loja algumas vezes, é conhecida na região por tratar mal as pessoas.

Injúria racial e racismo

O Distrito Federal registrou 101 ocorrências de injúria racial no primeiro bimestre de 2022, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP). Em relação a casos de racismo, foram duas ocorrências registradas em Brasília.

De acordo com a legislação brasileira, o crime de racismo é aplicado quando a ofensa discriminatória é contra um grupo ou coletividade. Por exemplo, impedir que negros tenham acesso a estabelecimento comercial privado.

Já com base no Código Penal, injúria racial se refere a ofensa à dignidade ou decoro, utilizando palavra depreciativa referente a raça e cor com a intenção de ofender a honra da vítima.

O registro desses crimes pode ser feito em qualquer delegacia ou na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin).

Fonte: g1

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