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Partido Novo aciona STF contra PEC que cria benefícios sociais em ano eleitoral

PEC prevê, a menos de 3 meses das eleições e só para 2022, Auxílio Brasil maior e 'voucher' para caminhoneiros

Projeto foi aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada - Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

O partido Novo pediu nesta segunda-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda os pagamentos previstos na proposta de emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais neste ano.

A proposta, chamada por críticos de “PEC Kamikaze” e por defensores de “PEC das Bondades”, foi aprovada e promulgada na semana passada pelo Congresso Nacional. O texto foi promulgado a menos de três meses das eleições, e os benefícios valem somente para este ano.

Entre outros pontos, a PEC, agora uma emenda constitucional, prevê o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600; ampliação do Auxílio-Gás para o valor de um botijão; e a criação de um “voucher” de R$ 1 mil para caminhoneiros.

A emenda estabelece estado de emergência em 2022, em razão da “elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”.

A ação no STF

No pedido enviado ao Supremo, o Novo afirma que a emenda é inconstitucional, apresentou vício de tramitação e é capaz de “afetar” a liberdade do voto, uma vez que garante benefícios somente em um ano de eleições.

“Não se está apenas diante de uma medida que, claramente, busca efetuar a distribuição gratuita de bens em ano eleitoral – que afeta a liberdade do voto e afronta a salvaguarda da anualidade já em curso”, diz a sigla.

“Trata-se de uma emenda que afronta o que se tem de mais caro e mais estável no texto constitucional e que nunca se imaginou ver alterado: as hipóteses de estado de exceção previstas na Constituição”, acrescenta a ação.

A proposta prevê um gasto adicional de R$ 41,2 bilhões não previsto no Orçamento federal.

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