O senador Jean Paul Prates (PT) voltou atrás após a ofensiva contra a pré-candidatura ao Senado do deputado federal Rafael Motta (PSB). O petista fez uma publicação nas redes sociais dizendo que a candidatura de Rafael faz “parte da democracia”, e destacou a admiração e amizade de longa data com o deputado.
“O amigo escolheu um caminho diferente e sua candidatura é parte da democracia que nós dois defendemos e que queremos cada vez mais viva e fortalecida”, disse.
Sobre ficar na suplência de Carlos Eduardo no Senado, Jean destacou a estratégia do PT de agregar apoios no campo progressista para “vencer o bolsonarismo”. “Amigo Rafa, nosso trabalho é pelo Rio Grande do Norte e pelo Brasil! Tenha a certeza de que também escrevo aqui com palavras que vêm direto do coração. Vamos em frente! Vamos derrotar o bolsonarismo e construir com Lula e Fátima um Brasil e um Rio Grande do Norte do qual nossos filhos e netos possam se orgulhar”, escreveu.
O senador havia criticado, em entrevistas à rádio Santa Rita e ao jornal Agora RN, as pretensões políticas de Rafael e na ocasião ele disse que a manutenção da candidatura de Motta ao Senado dividiria os votos da esquerda, o que favoreceria o bolsonarista Rogério Marinho (PL).
Jean afirmou que a candidatura de Rafael era “extemporânea e individualista”, pois o PT, partido do qual o PSB é aliado, já havia decidido apoiar para o Senado a candidatura do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).
Rafael Motta foi hoje às redes e cobrar respeito por parte de Jean. Para Motta, que se referiu e a Jean como amigo, o petista deveria ter recebido apoio integral do PT para disputar uma vaga no senado, por ser “uma pessoa preparada, leal e que nos daria a certeza de oito anos votando de acordo com o interesse da população”.
“Respeito que você tenha aceitado essa preterição e que ache que o nome que você passou a apoiar será melhor senador do que você é. Mas peço que respeite o fato de eu pensar diferente. Como penso que não há como vencer o bolsonarismo com o bolsonarismo. Não há como vencer o fascismo com quem é cúmplice do fascismo”, postou Rafael Motta.