O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), discutiu, durante reunião com 27 comandantes-gerais da Polícia Militar (PM) nessa quarta-feira (24/8), a possibilidade de uma eventual restrição ao porte de armas para a categoria de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) no dia das eleições.
O tema, entre os assuntos que permearam a reunião, será analisado pelo tribunal na próxima terça-feira (30/8), após deputados de oposição ao governo enviarem à Corte Eleitoral um pedido de probição de porte de armas de todos os cidadãos do país na data do pleito. Os parlamentares solicitam que as somente as Forças Armadas e de segurança pública possam transitar armados.
A segurança do processo eleitoral em outubro é uma das prioridades de Alexandre de Moraes à frente da Corte. O pedido da oposição, entregue no mês de julho, está sob relatoria do vice-presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, que também esteve na reunião com titulares das PMs.
Durante o encontro, os comandantes garantiram aos representantes da Corte que as tropas estão disciplinadas e preparadas para manter a segurança no dia em que brasileiros irão às urnas.
Em entrevista à imprensa na saída do encontro, o comandante da PM de Rondônia, coronel James Padilha, afirmou que os chefes tranquilizaram Moraes e reforçaram estar tudo sob controle.
Para os comandantes, a reunião expõe preocupação da Justiça Eleitoral com possíveis casos de violência antes, durante ou depois dos resultados. Além disso, há receio sobre o comportamento de policiais militares. Padilha, no entanto, reiterou imparcialidade das corporações frente ao pleito de outubro.
O ministro Alexandre de Moraes também pediu para que os chefes apresentassem o planejamento para os dias de votação, em 2 de outubro e — em possibilidade de segundo turno — 30 de outubro.
Fonte: Metrópoles