O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou que a TV Globo pegou “mais leve” com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sabatina no Jornal Nacional na noite desta quinta-feira (25/8). De acordo com ele, houve diferença no tratamento dado ao petista e a ele quando foi entrevistado na segunda-feira.
Pelo Twitter, Bolsonaro disse que compreende “perfeitamente a Globo tratar melhor aqueles que estão dispostos a pagar mais”. “Nada mais coerente do que pegar mais leve. Estranho seria comigo, que fechei a torneira”, disse.
Apesar de Bolsonaro afirmar que diminuiu os recursos repassados para a emissora, frequentemente criticada por ele, dadas da Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) mostram que de janeiro a junho deste ano, a Globo recebeu um quarto do total de verbas do governo federal gastos com propagandas em televisão, o que dá um total de R$ 12 milhões. A maior soma de recursos desde que Bolsonaro assumiu a Presidência em 2019.
Na postagem nas redes sociais, Bolsonaro também afirmou que a “liberdade” da emissora foi preservada e que ele garante que jamais defenderá o seu controle “como pretende o outro lado”. Bolsonaro faz referência à defesa de Lula que os meios de comunicação de concessões públicas, casos de TVs e rádios, sejam regulados. “Precisamos ter consciência de que é preciso regular, mas quem vai regular é o povo, não eu. Isso vai ter que ser um debate que você vai participar, vão participar os caras da Globo, vão participar os caras da Record. Não queremos regulação que interesse ao presidente, mas sim à sociedade brasileira”, disse Lula em entrevista à Rádio Itatiaia em junho.
Bolsonaro ainda disse que os motivos das críticas ao seu governo é por não ter “dado o que queriam”. “Talvez se tivéssemos dado o que queriam, as boas notícias não seriam acompanhadas por um “mas” e sobrariam aplausos ao meu governo. Mas escolhemos investir no Brasil e não em elogios. Por isso o desemprego cai, a economia cresce, a violência diminui, mas a gritaria continua”, concluiu.
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Fonte: Correio Braziliense