Um dos nomes cotados para chefiar o Ministério da Economia no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse nesta sexta (25), a uma plateia formada por banqueiros, que o presidente eleito terá a reforma tributária como uma de suas prioridades e não fará nada sem dialogar com os demais Poderes e diferentes setores da sociedade.
A fala de Haddad ocorreu em São Paulo, no almoço anual de dirigentes de bancos, organizado pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que reuniu os CEOs das principais instituições financeiras do País, representantes dos comitês executivos dos bancos e autoridades.
“A determinação clara do presidente Lula é que nós possamos dar logo no início do próximo governo uma prioridade total à reforma tributária”, disse.
“Me parece que o presidente Lula vai dar uma prioridade no ano que vem à aprovação dessa primeira etapa da reforma tributária, que diz respeito a alguns tributos, mas na sequência pretende encaminhar uma proposta de reformulação dos impostos sobre renda e patrimônio para completar o ciclo de reforma dos tributos no Brasil”, continuou.
Logo no início de seu discurso, Haddad deixou claro que falava em nome do presidente eleito. “Fui convidado pelo presidente da Febraban para participar. Declinei do convite na terça-feira, mas ontem recebi um pedido do presidente Lula para representá-lo neste evento. Estarei falando em nome dele, e não em meu próprio nome”, disse.
O mercado financeiro tem reagido mal a qualquer indicação de que Haddad será nomeado ao cargo, já que —aos olhos de investidores— é inclinado a flexibilizações das regras fiscais do País e tem pouca experiência técnica.