O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (19) que o governo de transição seguirá buscando aprovar a PEC da Transição, mesmo após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para deixar o Bolsa Família fora do teto de gastos.
“Eu sempre jogo no plano A, que é o plano que dá robustez, indica um caminho. Vamos tomar medidas logo no início do ano para resolver o rombo que foi herdado deste governo, uma irresponsabilidade durante o processo eleitoral absurda que nunca se viu na história deste país”, afirmou o futuro ministro da Fazenda.
Segundo Haddad, a decisão de Gilmar Mendes dá conforto aos beneficiários do Bolsa Família. “Não vai ser o desentendimento no Congresso Nacional que os deixará desamparados”, disse Haddad, nesta manhã, ao chegar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do governo de transição.
“É importante que as famílias de baixa renda saibam que elas vão poder estar tranquilas em relação aos próximos anos, pois o programa criado pelo presidente Lula permanece no alto das nossas prioridades”, acrescentou Haddad.
“O rombo deixado não é só no Bolsa Família, mas há outros programas sociais tão importantes quanto. Vamos deixar a Previdência Social em descoberto? As pessoas que trabalharam, recolheram, se aposentaram… E o governo atual simplesmente retirou os filtros para zerar a fila sem o menor cuidado com o cadastro. Então, vamos fazer isso com a maior responsabilidade”, explicou o futuro ministro.