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Dino dispensa Edmar Camata de diretoria-geral da PRF após postagens a favor de Moro e Lava-Jato

Futuro ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Agência Brasil

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou hoje que decidiu cancelar a indicação de Edmar Camata para a diretoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF), após as polêmicas geradas em torno de seu apoio à Operação Lava-Jato e a nomes como o do ex-procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da extinta força-tarefa, em Curitiba, e do ex-juiz Sérgio Moro.

Dino disse que tomou a decisão por si só e que a comunicou ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice Geraldo Alckmin. Ambos, segundo Dino, não tiveram nenhuma interferência na decisão. No lugar de Camata assumirá Antônio Fernando de Oliveira, que foi delegado da PRF no Maranhão, Estado que foi governado por Dino.

O futuro ministro da Justiça disse que tinha conhecimento da “posição política” de Edmar Camata, mas admitiu que, nos trabalhos de checagem que suas equipes fizeram, não chegaram a mencionar as postagens feitas por Camata nas redes sociais em 2017 e 2018 e que ontem vieram à tona.

Em 2017, o policial rodoviário federal publicou foto ao lado do ex-procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da extinta força-tarefa da Operação em Curitiba. Além disso, quando se candidatou à deputado federal em 2018 afirmou que não se podia ‘deixar a maior operação anticorrupção do país parar’. Depois da repercussão, as postagens foram excluídas das redes sociais. No entanto, ‘prints’ dos posts seguem circulando na Internet.

Camata ingressou na PRF em 2006. Tem graduação em Direito, é mestre em Políticas Anticorrupção (Universidade de Salamanca/Espanha) e tem especializações em Gestão Integrada em Segurança Pública e Ministério Público e Defesa da Ordem Jurídica, além de MBA em Gestão Pública. Atualmente, é secretário de Estado de Controle e Transparência no Governo do Espírito Santo.

Fonte: Estadão

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