O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (28), em Brasília, os nomes dos últimos ministros que faltavam para formar sua equipe de auxiliares. Ao todo, o governo terá 37 ministérios.
Entre eles, estão os novos ocupantes dos ministérios que eram comandados por potiguares na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL): o das Comunicações e o do Desenvolvimento Regional – que será desmembrado em dois, o Ministério de Integração e Desenvolvimento e o Ministério das Cidades.
Comunicações
Nas Comunicações, pasta que era comandada pelo deputado federal Fábio Faria (PP) até semana passada, o novo ministro será o deputado federal reeleito Juscelino Filho (União Brasil-MA).
Juscelino Filho é natural de São Luís (MA). É médico especializado em radiologia e diagnóstico por imagem. Foi eleito para ser deputado federal em 2014, tendo sido reeleito em 2018 e nas eleições gerais deste ano.
Já no primeiro mandato (2015 a 2018), foi líder do PRP. Neste segundo mandato, foi presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, além de coordenar a bancada maranhense.
É filho de Juscelino Rezende, que foi prefeito por dois mandatos na cidade maranhense de Vitorino Freire (1997 a 2000 e 2001 a 2004). Seu pai também foi deputado estadual por três mandatos, além de ter sido secretário adjunto do Maranhão no Governo Luiz Rocha.
Secretaria de Comunicação
Lula confirmou também que, além do Ministério das Comunicações, o governo terá a Secretaria de Comunicação, que terá atuação independente do ministério. Para este cargo, o presidente eleito anunciou o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
Jornalista, Pimenta se formou na Universidade Federal de Santa Maria e se notabilizou como um dos principais nomes do PT no Parlamento. Paulo Pimenta foi líder do PT na Câmara entre 2018 e 2020 e registrou a maior votação entre os deputados do PT nas últimas quatro eleições no Rio Grande do Sul. Por causa disso, foi convidado a coordenar a campanha do partido no Estado.
Antes de tornar-se deputado federal em 2003, ele foi também deputado estadual gaúcho entre 1999 e 2000 e vereador de Santa Maria, entre 1989 e 1996.
Integração e Desenvolvimento
O ministério da Integração e Desenvolvimento será comandado pelo atual governador do Amapá, Waldez Góes (PDT). A expectativa é que o ministério fique responsável pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).
Antônio Waldez Góes da Silva, de 60 anos, é servidor público e filiado ao PDT desde 1989. Foi governador do Amapá por quatro mandatos (eleito em 2002, 2006, 2014 e 2018).
Também foi deputado estadual no Amapá por dois mandatos, nos anos 1990.
Em 2010, enquanto era candidato ao Senado, Waldez Góes foi preso pela Polícia Federal na operação Mãos Limpas e ficou mais de uma semana detido em Brasília. Ele e a esposa eram acusados de desvio de recursos, mas as ações foram arquivadas sem condenação.
Cidades
No Ministério das Cidades, uma das pastas desmembradas do Desenvolvimento Regional, a escolha de Lula foi por Jader Filho. Filho do senador Jader Barbalho e irmão do governador reeleito do Pará, Helder Barbalho, ambos do MDB, ele preside o diretório estadual da legenda desde setembro de 2021 e atua no setor de comunicações.