O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) votou, nesta terça-feira (10), contra a manutenção do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que instalou uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal por causa dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo o parlamentar, “tem estados em situação pior de desordem pública, como o Rio Grande do Norte”, e que merecem uma intervenção na segurança mais que o Distrito Federal.
“Tem estado em situação pior de desordem pública, como o nosso Rio Grande do Norte. Aqui sim merecia uma intervenção militar (sic). Aqui sim deveria (ter) uma atenção especial do Governo Federal para combater a criminalidade, que assola nosso estado, atrapalha o turismo, desvaloriza os imóveis, desvaloriza bairros, que tiram empregos e vidas. Isso sim deveria ter uma intervenção, porque o governo é totalmente inoperante”, afirmou o senador, em publicação nas redes sociais.
Apesar dos votos contrários de Styvenson e de outros sete senadores, o decreto foi aprovado em votação simbólica no Senado.
O senador justificou seu voto alegando, ainda, que o Conselho da República não teria sido ouvido antes da edição do decreto, no último domingo (8), por Lula.
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Styvenson criticou, também, as condições às quais estão submetidos os mais de 1,5 mil bolsonaristas radicais que estão presos em um ginásio da Polícia Federal após participarem dos atos criminosos no DF no domingo e após serem retirados do acampamento que estava instalado em frente ao QG do Exército. Ele criticou, ainda, a prisão em massa dos manifestantes golpistas. Para Styvenson, a manutenção dos presos naquela situação contraria o programa da parcela do PT que prega o desencarceramento.
“Não tem como punir uma coletividade de forma igual, por um imundo como esse (se referindo ao criminoso que defecou sobre uma mesa). Está aí a cara dele. Esse cara tem que ser preso e esquecer ele na cadeia. Agora, eu estou vendo idosos, crianças, todos dentro do mesmo campo de triagem. Para um partido que prega o desencarceramento, que prega direitos humanos, feminista, código da criança e do adolescente, do idoso… Não está sendo respeitado. Quais são as condições dessas pessoas?”, afirmou o senador.