O senador eleito e candidato a presidente do Senado Rogério Marinho (PL-RN) disse que, se for eleito em 1º de fevereiro, assinará a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os ataques do 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes.
Em evento no sábado (28), em Brasília, em que foi oficializado o apoio de PP e Republicanos ao seu nome, ele criticou o atual governo que, segundo ele, antes era favorável às investigações e agora passou a ser contra.
“É evidente que houve falha na segurança. A senadora Soraya [Thronicke] está propondo uma CPI. Acho que é o instrumento adequado para averiguarmos quais foram as falhas por ação ou omissão de uma forma geral. Não se pode fazer investigação seletiva. Estamos vendo um governo que, em um 1º momento, estava favorável à CPI. Agora, o presidente Lula e o [senador] Randolfe [Rodrigues] dizem que não é necessário. Estamos prontos para assinar uma CPI ampla”, afirmou.
Marinho discursou por 15 minutos e depois conversou com jornalistas por mais 10 minutos. Em sua fala, ele e seus aliados rechaçaram a ideia de que a eleição para presidente do Senado seja uma espécie de 3º turno das eleições presidenciais. Mas fez diversas críticas ao atual governo, que associou a Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Ele afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoia Pacheco. “O governo está operando e vai operar. Não estamos reclamando, estamos falando o óbvio”, disse.
Marinho foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que sua candidatura dará sequência às ações de Bolsonaro e do presidente anterior, Michel Temer (MDB). Na avaliação dele, essas políticas foram responsáveis pela redução do desemprego, observada em 2022. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego encerrou o ano passado em 8,1% –menor taxa em 7 anos.
“Isso se inicia em 2016, quando o ex-presidente Temer começa a erguer este país que havia sido colocado no fundo do poço, perdido a confiança daqueles que investem no país. Que estava ladeira abaixo, imerso em uma catástrofe, em uma hecatombe econômica. Um processo de aparcelamento da máquina pública e de desagregação social e econômica levando nosso povo ao desespero”, disse em referência velada à ex-presidente Dilma Rousseff (PT).