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Elize Matsunaga foi reconhecida em condomínio onde trabalhou e gerou ‘desassossego’, diz delegado

Elize Matsunaga. Foto: Reprodução/ Netflix

O delegado Acácio Leite, que investiga a suposta falsificação de um atestado de antecedentes criminais por Elize Matsunaga, afirma que ela foi reconhecida em um dos condomínios que visitou quando trabalhou em uma empresa de pintura de edificações em Sorocaba, no interior de São Paulo, no ano passado, o que gerou “desassossego” entre os moradores.

Eles teriam denunciado o fato à polícia, que afirma que Elize apresentou documento falso. Ela nega que seja a responsável pelo documento.

Elize matou e esquartejou o marido, Marcos Matsunaga, em 2012. Condenada a mais de 19 anos de prisão em 2016, ela ganhou o direito à liberdade condicional em 2022, após dez anos presa. Ao deixar o presídio, ela foi para Sorocaba, onde foi acolhida por uma ex-detenta que havia conhecido no presídio.

Nesse período, foi apresentado o atestado de antecedentes criminais falso em nome de Elize para que ela pudesse trabalhar em uma empresa de pintura que presta serviços em condomínios. Obter ocupação lícita é uma das medidas previstas pela Justiça para quem recebe liberdade condicional.

O delegado Acácio Leite afirma, no entanto, que o fato de Elize ser uma figura bastante conhecida em todo o país dificultou esse processo de ressocialização. “Num dos condomínios, ela foi reconhecida. Isso gerou desassossego no local, e essas pessoas que tiveram essa visão dela serão chamadas para prestar depoimento no inquérito policial”, afirmou o delegado.

Leite diz que o atestado de antecedentes criminais falsificado tem uma sobreposição do nome de Elize no lugar do de outra pessoa, o que é uma “falsificação grotesca”.

Motorista de app em Franca

Elize já havia deixado a cidade de Sorocaba e rumado para Franca, onde comprou um apartamento e passou a trabalhar como motorista de aplicativo. Informada sobre a nova investigação, Elize foi a Sorocaba acompanhada de seu advogado e acabou detida, indiciada e liberada após prestar depoimento.

Luciano Santoro, seu advogado de defesa, afirma que ela “nem teria motivo” para fazer isso, “já que o seu processo não transitou em julgado” e, sendo assim, “ela poderia ter a certidão de antecedentes sem apontamentos”, relata.

O delegado Acácio Leite diz que a suposta falsificação de documento pode impactar a liberdade condicional de Elize, dependendo da avaliação do juiz que acompanha o caso — o cometimento de novos crimes pode causar a perda do benefício e o retorno ao regime fechado.

Fonte: R7

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