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Advogada acusada de integrar facção criminosa do RN é condenada a 4 anos de prisão

Além dela, os internos Orlando Vasco dos Santos e Erasmo Carlos da Silva Fernandes também receberam condenações. Foto: Pixabay

Uma advogada acusada de integrar uma organização criminosa que atua dentro e fora de unidades prisionais do Rio Grande do Norte foi condenado a 4 anos de prisão. Mona Lisa Amélia Albuquerque de Lima foi investigada pelo Ministério Público do RN na operação Carteiras, deflagrada no ano passado. Além dela, os internos Orlando Vasco dos Santos e Erasmo Carlos da Silva Fernandes também receberam condenações.

De acordo com o MPRN, os três trocavam mensagens através de bilhetes e conversas pessoais, estabelecendo a comunicação dos chefes da organização criminosa com outros integrantes que estão nas ruas.

De acordo com a sentença, Mona Lisa, considerada a “coordenadora dos Gravatas” por se intitular como chefe do esquema de troca de mensagens -, teve a pena fixada em 4 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão. Ela deverá inicialmente cumprir a pena de reclusão em regime semiaberto.

Orlando Vasco dos Santos, conhecido por “Orlando da Raiz”, teve a pena fixada em 6 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão, pelo crime de comando de organização criminosa armada. Ele deve inicialmente cumprir a pena de reclusão em regime fechado.

Já Erasmo Carlos da Silva Fernandes, o “Palmeirense”, teve a pena fixada em 5 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão. Ele também deverá inicialmente cumprir a pena de reclusão em regime fechado.

Investigação

A investigação do MPRN teve início em julho de 2021. Foi apurado que quatro advogados abusaram das prerrogativas inerentes ao ofício advocatício, realizando a comunicação entre chefes das facções que se encontram presos e os demais integrantes da organização em liberdade, repassando mensagens relativas às atividades criminosas. Eles eram pessoas de confiança dos principais chefes de uma facção. Os “gravatas”, como são chamados os advogados dentro da estrutura do grupo, exercem a função de “mensageiros do crime”.

Segundo as investigações, a advogada Mona Lisa Amélia organizava e cobrava relatórios para os presos e repassava orientações aos membros soltos da organização, bem como transmitia mensagens e preocupações dos chefes da facção que se encontram custodiados. Em uma conversa em um grupo de WhatsApp, ela chegou a reivindicar a função de “corregedora dos presídios” em nome da facção.

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