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Incêndio com quatro mortes em abrigo no Recife foi causado por curto em ventilador, diz perícia

Lar Paulo de Tarso é destruído por incêndio — Foto: Priscilla Buhr/MPPE

Três dias após iniciarem as investigações sobre as causas do incêndio que atingiu o Lar Paulo de Tarso, no Recife, matando 4 pessoas e deixando outras 13 feridas, peritos do Instituto de Criminalística divulgaram, na manhã desta segunda-feira, 17, que uma pane elétrica em um dos ventiladores instalados no local foi o que provocou o acidente. A conclusão da perícia aconteceu após uma análise completa do local e das imagens das câmeras de segurança obtidas pela Polícia Científica.

“Depois de todas as análises, estamos convictos de que não se tratou de incêndio criminoso. A partir do estudo minucioso das imagens das câmeras de segurança, foi possível verificar que durante aquela madrugada aconteceu uma pane elétrica em um ventilador que estava fixado na parede da sala do imóvel. É possível ver o surgimento de “clarões” no equipamento por volta das 3h41 da madrugada da sexta-feira”, afirmou o perito Fernando Luiz. Ainda segundo o IC, os restos do ventilador foram recolhidos para análise.

A perícia complementar realizada nesta manhã também teve como objetivo tentar esclarecer onde estava cada uma das vítimas, a dinâmica da movimentação na tentativa de fuga e a avaliação de danos na estrutura do que sobrou do imóvel.

Vítimas
Das quatro vítimas fatais, três eram crianças e uma era a cuidadora Margareth da Silva, de 62 anos. Entre os feridos, 12 são crianças e uma mulher adulta que trabalha na instituição.

No último domingo, duas das crianças feridas tiveram alta médica. Elas foram levadas para a Casa de Acolhida Acalante, administrada pela prefeitura do Recife, no bairro do Prado, na zona oeste.

Seis crianças ainda estão internadas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital da Restauração, que tem uma ala especializada no tratamento de queimados O estado de saúde delas é considerado grave, mas estável.

Duas crianças estão internadas na UTI do Hospital Brites de Albuquerque, em Olinda. A funcionária do abrigo, que não teve o nome revelado, também está nesta mesma unidade e segue consciente e orientada, sob os cuidados dos médicos em uma das enfermarias.

Outras duas crianças estão internadas no Hospital Maria Lucinda e, segundo o boletim médico da Secretaria Estadual de Saúde, seguem “evoluindo bem”.

Fonte: Estadão

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