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Netflix quer cobrar “taxa do ponto extra” em todo o mundo até junho

Com a funcionalidade, a Netflix passa a cobrar uma taxa extra de perfis compartilhados em diferentes lares. Foto: Pixabay

A Netflix não desistiu de cobrar a “taxa do ponto extra” dos usuários e já mira em adicionar a funcionalidade em mais países até o meio do ano. Foi o que a empresa afirmou nos resultados financeiros apresentados nesta terça-feira, 18, referentes ao primeiro trimestre de 2023. No período, o serviço de streaming teve receita de cerca de US$ 8,16 bilhões, um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

O protagonista do balanço financeiro, porém, foi o recurso da cobrança por compartilhamento de senha, ainda em testes em alguns países da América Latina. Com a funcionalidade, a Netflix passa a cobrar uma taxa extra de perfis compartilhados em diferentes lares. De acordo com a empresa, os resultados observados nos mercados que já possuem a taxa foram bastante satisfatórios.

Com isso, a Netflix afirmou que deve lançar a cobrança em mais países ainda neste primeiro semestre, incluindo nos Estados Unidos, seu maior mercado no mundo. Ainda não há previsão para o Brasil receber a taxa – atualmente, a mensalidade por aqui custa entre R$ 18,90 e R$ 55,90.

Batizado de “adicionar lar”, quaisquer membros em uma família que não moram na mesma casa deverão ser cobrados adicionalmente. O recurso vai funcionar a partir da localização dos aparelhos dos usuários, detalha a Netflix. Cada lar acrescentado poderá usar a conta em um número ilimitado de dispositivos ligados àquele endereço. Duas televisões em endereços diferentes, por exemplo, contarão como duas casas diferentes. Dispositivos móveis não devem ser afetados.

Até o momento, na América Latina, Argentina, República Dominicana, El Salvador, Guatemala e Honduras já possuem a “taxa do ponto extra”. Chile, Costa Rica e Peru foram as primeiras regiões do mundo a receber a cobrança por “membro extra”, em março de 2022. Neste caso, porém, a limitação não era restrita a um lar. Nova Zelândia, Canadá, Portugal e Espanha também já possuem o serviço.

O balanço financeiro desta terça também mostrou resultados positivos para a recuperação da Netflix no mercado e manteve suas ações estáveis na bolsa após o fechamento do mercado. A empresa registrou lucro de US$ 1,31 bilhões e receita de US$ 8,16 bilhões, 3,7% a mais que o mesmo período do ano passado. Em 2022, a Netflix perdeu usuários pela primeira vez em uma década, quando cerca de 200 mil assinantes deixaram a plataforma nos primeiros três meses daquele ano.

Fonte: Estadão

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