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Homem que apontou arma a jovem negro em SP é policial civil, diz secretaria

PM chuta jovem negro ameaçado em frente à Estação Carandiru, em São Paulo / Reprodução

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou nesta quarta-feira (15) que o homem que aparece em um vídeo ameaçando um jovem negro com uma arma em frente a um estação de metrô na capital paulista é um investigador da polícia civil. O nome do agente não foi divulgado.

O caso ocorreu no último domingo (12) em frente à estação Carandiru, na zona norte da cidade. Nas imagens, é possível ver um homem segurando o rapaz negro pelo pescoço enquanto o ofende inúmeras vezes. Outras pessoas presentes no local gritam frases como “vai roubar não” e “tem emprego pra todo mundo, vai procurar um trampo”.

Instantes depois, um homem saca uma arma e ameaça atirar no jovem. No vídeo, uma mulher se refere ao investigador como “Paulo”.

Após ter sido ameaçado, o jovem pediu ajuda a uma policial militar que estava no local e vestia uma camiseta com o símbolo da PM. A agente, porém, disse que não faria nada por estar “de folga” e afastou o rapaz com um chute na barriga.

Apuração da Corregedoria

A SSP informou que a policial filmada recusando ajuda ao rapaz irá responder criminalmente e disciplinarmente pela omissão. Em nota, a SSP-SP disse que a conduta dela foi considerada grave e que “não condiz com as expectativas da sociedade e muito menos com as responsabilidades do profissional de segurança pública, que deve agir prontamente sempre que presenciar um crime, estando ou não em serviço”.

Em entrevista à CNN nesta quarta, o ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, afirmou que a policial “está submetida a um regulamento que determina que ela é PM com ou sem farda, 24 horas por dia”.

“Segundo o procedimento operacional padrão, ela deveria proteger a vítima, identificar a vítima e o autor, e encaminhá-los ao distrito policial”, acrescentou.

Segundo o ouvidor, existe a possibilidade de a profissional ser afastada. Porém, pela gravidade dos fatos, ela pode sofrer punições mais severas, como a expulsão da corporação. “A inação dela foi muito grave e a própria repercussão do vídeo mostra isso.”

CNN

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