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Ibovespa tem alta e fecha na maior pontuação da história; dólar cai

O resultado superou o recorde registrado em 7 de junho de 2021, quando encerrou o dia cotado a 130.776 pontos. Foto: Agência Brasil

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, terminou a sessão em alta nesta quinta-feira (14), acima dos 130 mil pontos e atingindo o maior patamar de fechamento da história.

O resultado superou o recorde registrado em 7 de junho de 2021, quando encerrou o dia cotado a 130.776 pontos.

O clima de otimismo repercute as decisões de ontem na política monetária daqui e lá de fora. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic, taxa básica de juros, em 0,5 ponto percentual, de 12,25% ao ano para 11,75% ao ano.

Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve seus juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas com o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizando que os aumentos no país podem ter chegado ao fim.

Neste mesmo cenário de otimismo, o dólar fechou em queda nesta quinta, na casa dos R$ 4,91.

Dólar

O dólar teve queda de 0,07%, cotado a R$ 4,9144. Na mínima do dia, chegou a R$ 4,8752. 

Com o resultado de hoje, passou a acumular:

  • queda de 0,31% na semana;
  • perda de 0,02% no mês;
  • recuo de 6,89% no ano.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,97%, vendida a R$ 4,9177.

Ibovespa

No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa subiu 1,06%, aos 130.842 pontos, recorde histórico do índice. Ao longo do pregão, chegou a alcançar os 131.260 pontos na máxima do dia, recorde intradiário.

Com o cenário benéfico para os juros, o resultado foi influenciado pelo ganho das empresas de consumo doméstico. A alta de 2% da Petrobras, empresa com grande peso no índice, também ajudou a elevar o índice ao patamar histórico.

Com o resultado, passou a acumular:

  • alta de 2,95% na semana;
  • avanço de 2,76% no mês;
  • ganhos de 19,24% no ano.

No dia anterior, o índice fechou em alta de 2,42%, aos 129.465 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

Na tarde de ontem, o Fed decidiu mante a taxa de juros inalteradas, em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano em decisão unânime. Apesar de continuar sendo o maior nível das taxas desde 2001, o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou que os aumentos dos juros do país podem ter chegado ao fim.

“Embora acreditemos que nossa taxa de juros esteja no pico do ciclo de aperto monetário ou perto dele, a economia surpreendeu analistas”, disse.

O chefe do BC norte-americano também afirmou que, embora não vejam como provável a elevação da taxa de juros, as autoridades do Fed não querem tirar a possibilidade da mesa. “Estamos preparados para apertar ainda mais a política monetária, se for apropriado.”

Os efeitos da fala de Powell já tinham reverberado nos resultados de ontem do mercado financeiro global. Juros mais baixos nos Estados Unidos reduzem a rentabilidade dos títulos públicos do país e favorece os ativos de risco, como o mercado de ações.

Depois do fechamento do mercado de ontem, mais notícias boas: o Copom optou por cortar, mais uma vez, a taxa Selic em 0,5 ponto percentual e já sinalizou que novos cortes de mesmo tamanho são previstos para 2024.

André Meirelles, diretor de alocação e distribuição da InvestSmart XP, destaca o trecho em que o comitê informou “que o cenário internacional, apesar de continuar volátil, mostra-se menos adverso do que na reunião anterior, marcado pela queda nas taxas de juros longas dos Estados Unidos e pela incipiente queda nos núcleos da inflação”.

“A grande expectativa do mercado era se o Copom sinalizaria uma aceleração do corte para as próximas reuniões, o que não foi feito pelo comitê, que manteve a sinalização de corte de -0,5% para as próximas reuniões”, diz.

O especialista continua: “De modo geral, o comunicado não trouxe grandes mudanças em relação ao anterior e também reforçou a importância do cumprimento da meta fiscal para a ancoragem nas expectativas de inflação e, consequentemente, para a política monetária”.

Mas analistas também destacam que o tom usado pelo Copom, de que o balanço de riscos externos se suavizou, é um bom sinal para a continuidade do ciclo de quedas de juros no país.

Fonte: g1

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