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Bernardinho volta ao comando da Seleção Masculina de Vôlei

Bernadinho. Foto: Twitter/ FFvolley

Bernardinho está de volta à Seleção Brasileira! A Confederação Brasileira de Voleibol anunciou nesta quarta-feira (27) que o técnico bicampeão olímpico pelo Brasil vai assumir o comando da equipe masculina até os Jogos Olímpicos de 2024.

A Seleção estava sem técnico desde a saída de Renan Dal Zotto, que deixou o comando da equipe após a classificação para Paris 2024 no torneio pré-olímpico disputado em outubro.

Bernardinho já estava trabalhando com a CBV, mas como coordenador das seleções masculinas, desde a base até o adulto, e agora vai acumular a função de técnico.

Velho conhecido

Bernardinho comandou a equipe masculina do Brasil entre 2001 e 2016. Sob seu comando, a Seleção conquistou dois ouros olímpicos: em Atenas (2004) e no Rio (2016). Além dos ouros, conquistou também duas pratas com o time masculino (2008 e 2012) e dois bronzes com a equipe feminina (1996 e 2000).

Além das medalhas olímpicas, também conquistou, sob comando da seleção masculina, três Mundiais, duas Copas do Mundo e oito Ligas Mundiais.

Apesar do trabalho na Seleção Brasileira, Bernardinho também dirige a equipe feminina de vôlei do Rio de Janeiro, o SESC-Flamengo que é hoje vice-líder da Superliga. Bernardinho vai continuar no comando da equipe.

Os cinco desafios para Bernardinho

  • Retomar organização do time

Para que o Brasil volte a figurar como candidato aos principais títulos do vôlei masculino internacional, retomar a organização tática dentro de quadra é um ponto importante. Além do jogo rápido e inovador implementado à época, os anos vitoriosos da Seleção Brasileira sob o comando de Bernardinho ficaram marcados pelo grande volume de jogo da equipe. Um dos desafios do treinador será montar o sistema de bloqueio e defesa eficiente. Essa é uma das marcas da carreira do técnico.

  • Definir líbero titular

As escolhas individuais também serão importantes para Bernardinho. No dilema já conhecido de poder levar apenas um líbero para os Jogos Olímpicos, Thales e Maique disputam uma única vaga que será destinada a um jogador da posição. Atuando na Polônia atualmente, Thales foi o escolhido por Renan Dal Zotto para ir à Tóquio e titular em grande parte da gestão do ex-jogador. Sempre presente nas convocações, Maique é o melhor passador da Superliga e também se destaca na defesa. É provável que os dois sejam convocados juntos nas primeiras listas, mas as atuações decidirão quem será o escolhido para Paris 2024. Alê, do Cruzeiro, corre por fora na disputa.

  • Convencer Douglas Souza

Campeão olímpico em 2016, Douglas Souza recebeu as primeiras oportunidades na Seleção Brasileira com Bernardinho. Afastado do time nacional por opção pessoal, o ponteiro teria papel importante no grupo de ponteiros da equipe, sobretudo pelas incertezas sobre o futuro de Leal. Terceiro maior pontuador da atual Superliga, atrás apenas dos opostos Darlan e Felipe Roque, o jogador de 28 anos já foi mais enfático em negar o retorno à Seleção. Na última entrevista, ele deixou em aberto a possibilidade da volta. Nos bastidores, há a esperança de que o ponteiro aceite defender o Brasil também por ‘gratidão’ a Bernardinho.

  • Trabalhar com levantadores

Titular indiscutível da Seleção Brasileira por mais de uma década, Bruninho viveu oscilações de desempenho nos últimos anos e deixou de ser inquestionável na posição. Nas últimas competições relevantes, o capitão foi substituído muitas vezes por Cachopa, que também não conseguiu assumir de vez a titularidade. Os dois se alternaram durante o Pré-Olímpico. Para os próximos meses, fica a dúvida se Bernardinho vai apostar em dar estabilidade para Bruninho e depositar confiança no jogador de 37 anos ou tentar novas opções. Campeão pan-americano e destaque do São José, Matheus Brasília é outra opção.

  • Ajudar na renovação

Embora tenha assumido como treinador da Seleção Brasileira até os Jogos Olímpicos de Paris, grande objetivo de 2024, Bernardinho tem um trabalho de longo prazo para realizar. O bicampeão segue como coordenador de todas as seleções masculinas, incluindo as categorias de base. Como técnico ele terá a chance de trabalhar nomes como Honorato, Judson, Adriano, Lukas Begrmann e outros jovens. A longo prazo, como coordenador, o objetivo a ajudar no surgimento de atletas para os próximos ciclos olímpicos.

Fonte: CNN

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