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Bill Clinton e Príncipe Andrew aparecem na lista de pessoas ligadas a Jeffrey Epstein

Jeffrey Epstein, preso por crimes sexuais, em fotografia tirada pela Divisão criminal de justiça de Nova York — Foto: New York State Division of Criminal Justice Services/Handout/File Photo via REUTERS

Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, e o príncipe Andrew, do Reino Unido, são algumas das pessoas que estavam ligadas a Jeffrey Epstein, bilionário norte-americano que comandou um esquema de tráfico sexual.

A informação foi revelada na noite desta quarta-feira (3), após uma série de documentos sobre o processo do criminoso terem sido tornados públicos pela Justiça dos Estados Unidos.

Epstein conviveu com milionários de Wall Street, com a realeza e com celebridades antes de se declarar culpado de exploração sexual de menores em 2008. Ele cometeu suicídio em 2019, aos 66 anos, enquanto estava preso aguardando julgamento por acusações de tráfico sexual.

Dezenas de mulheres acusaram Epstein de forçá-las a manter relações sexuais com ele e com seus convidados em sua ilha particular no Caribe e nas casas que ele possuía em Nova York, Flórida e Novo México.

Os nomes de mais de 150 pessoas mencionadas num processo movido por Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras de Epstein, foram mantidos sob sigilo durante anos, até que uma juíza federal decidiu no mês passado que não havia justificativa legal para mantê-los privados.

Em depoimento, Giuffre disse que fez sexo com vários políticos e líderes financeiros importantes, incluindo George Mitchell, ex-senador dos EUA, e Bill Richardson, ex-governador do estado do Novo México.

Sem ser vinculados a irregularidades, foram citados nomes como Donald Trump e David Copperfield.

Bill Clinton

Em um depoimento de 2016, uma das vítimas lembrou de um episódio que Epstein falou com ela sobre Bill Clinton.

“Ele disse uma vez que Clinton gosta de jovens, referindo-se às meninas”, disse ela, de acordo com a CNN.

Quando questionada se Clinton era amigo de Epstein, ela disse que entendia que os dois tinham “negócios”.

Em 2019, um porta-voz de Clinton confirmou que o ex-presidente tinha voado no avião privado de Epstein, mas que ele não sabia sobre os “crimes terríveis” do bilionário.

No processo movido por Giuffre, ela relata que, enquanto era forçada por Epstein, viajou dentro do mesmo helicóptero que o ex-presidente norte-americano, sem acusá-lo de irregularidades.

Príncipe Andrew

Uma das vítimas disse que o príncipe britânico Andrew colocou a mão em seu seio na casa de Epstein em Manhattan em 2001, de acordo com documentos judiciais abertos na quarta-feira. O incidente já havia sido relatado anteriormente e negado pelo irmão do rei Charles III.

O incidente, que foi relatado anteriormente e Andrew negou, estava entre os detalhes revelados em uma série de documentos previamente editados, assim como uma acusação de Giuffre alegando que a ex-namorada de Epstein, Ghislaine Maxwell, teria arranjado um encontro sexual entre a garota e Andrew.

O filho da rainha Elizabeth II perdeu a maioria de seus títulos reais devido à sua associação com Epstein. Ele fez um acordo judicial com Giuffre em 2023 por uma quantia não revelada, e negou qualquer irregularidade.

Documentos revelados

Os documentos revelados são parte de um processo de difamação movido por Giuffre contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein presa por recrutar meninas menores de idade para o esquema do bilionário.

Fonte: g1

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