“Eu sempre brinco com a equipe: ‘Bem-vindos ao maior reality show do planeta’”. É com essa empolgação que Rodrigo Dourado, diretor artístico do “Big Brother Brasil”, recebeu a imprensa na semana passada, nos mesmos estúdios onde se desenrolará a 24ª edição do programa. A aguardada estreia acontece nesta segunda-feira (8), na TV Globo, após a novela “Terra e Paixão”.
Com apresentação de Tadeu Schmidt – que segue na atração pelo terceiro ano consecutivo –, o “BBB” chega com a missão de deixar para trás os fantasmas das duas temporadas anteriores, marcadas por críticas à dinâmica e ao elenco, além da baixa repercussão na audiência e nas redes sociais. Situação que, se depender da equipe de Boninho, o “Big Boss” da atração, não se repetirá em 2024.
“A expectativa está boa demais. Temos mudanças bem importantes no ‘BBB 24’, desde os participantes até a dinâmica. Não tem como não ter uma expectativa enorme em qualquer BBB. E eu acho que o 24 vai ser especial”, afirmou Tadeu, que ainda se diz encantado com o universo do reality show. “Chegar aqui para trabalhar todos os dias, ir para aquele lugar onde estão preparando a festa, ou uma prova, sempre com um capricho… E da noite para o dia, tudo se transforma”, comentou o apresentador.
Entre as mudanças desta 24ª edição estão uma casa mais populosa neste início do jogo, com 26 participantes; a criação do terceiro quarto; novos quadros de humor, com a chegada dos atores e humoristas Luís Miranda e Marcos Veras; novos poderes para o líder e para o anjo; jogo dividido em duas fases – na primeira, o público vota em quem deseja que permaneça na casa e o eliminado é o menos votado, enquanto, na segunda, a votação elimina o jogador mais votado; e o fato de o Big Boss decidir quando termina e começa cada etapa.
Entre tantas novidades, porém, a que mais repercutiu é a mudança no sistema de votação, que será misto: o “Voto Único”, com o uso do CPF, e o “Voto da Torcida”, maneira adotada nas últimas edições do programa. Cada modelo de votação tem o peso de 50% e o resultado final é a média ponderada dos dois formatos.
“Entenderemos melhor como vão ser as novidades (do ‘BBB 24’) quando colocarem no ar”, disse Chico Barney, jornalista e comentarista do reality nas redes sociais. “Algumas são positivas, como um terceiro quarto para evitar uma divisão meramente geográfica entre dois grupos na casa. Outras são confusas, como a decisão de fazer a votação com média ponderada. Faltou coragem para definir o sonhado voto por CPF e salvar o programa do sequestro por torcidas organizadas. A maneira como a votação acontece hoje faz com que o público normal se afaste das decisões do programa. Quem tem tempo ou disposição para virar a noite no Gshow costuma ser um núcleo mais radical da audiência. Mas essa pré-temporada é sempre animada. Prefiro ser otimista, torço para que o elenco seja bom e as intervenções da produção também”, pontuou o jornalista.
De olho no público
Diretor artístico do “BBB”, Rodrigo Dourado explica que a inclusão do “Voto Único” é uma forma de empoderar um público que quer se sentir atuante nas decisões do programa, votando apenas uma vez. Mas ele não descarta o valor da segunda votação. “Ela é fundamental para nós. A gente não pode abrir mão dessa galera que é engajada, que faz os seus fandoms, que vira a noite votando. Isso tudo é parte importante do programa. Por isso decidimos seguir com as duas formas”, completou.
“Conforme o público vai mudando, a sociedade vai mudando, a gente precisa também ir se organizando e modernizando. A gente já teve, por exemplo, o voto por SMS. Alguém lembra o que é SMS? O voto por telefone fixo e, agora, a gente entendeu que precisava mais uma vez mexer nessa forma de o público se relacionar com o programa”, ressaltou Rodrigo. “As mudanças fazem parte do DNA do programa. Desde o começo fazemos isso”, destacou.
Fonte: O Tempo