A Petrobras informou nesta segunda-feira (4) que não foram encontradas irregularidades na assinatura do contrato de tolling com a Unigel, após apuração interna feita pela Diretoria de Governança e Conformidade com apoio da empresa de auditoria KPMG.
O contrato foi assinado no fim de dezembro e viabilizou a retomada das operações das fábricas de fertilizantes de Sergipe e da Bahia.
Após o acordo, foram divulgadas suspeitas de interferência dos diretores Sergio Caetano Leite (Financeiro) e William França (Processos Industriais e Produtos) para agilizar o acordo. Segundo a estatal, a apuração “concluiu pela não confirmação de irregularidades nesse sentido”.
“É improcedente a informação de que a celebração do contrato não tenha observado todos os trâmites e procedimentos pertinentes. Ao contrário, o contrato passou por todas as instâncias prévias de anuência e validação, de maneira que o sistema de governança da companhia foi integralmente respeitado. Também não procede a afirmação que a KPMG tenha determinado o afastamento de diretores do processo de certificação das demonstrações financeiras”, informou a estatal.
A empresa reforçou também que o calendário de divulgação das demonstrações financeiras está mantido.
TCU apontou falhas
Em fevereiro, a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falhas na governança da Petrobras e distorções nos cálculos que justificaram a assinatura do contrato.
A estimativa da petroleira, citada em despacho da corte, é que o acordo trará prejuízos de R$ 487,1 milhões, no prazo de oito meses de sua vigência.
O ministro Benjamin Zymler determinou que a petroleira, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Unigel prestem esclarecimentos sobre indícios de irregularidades apontados pelos técnicos do TCU.
“Conforme já informado ao mercado, o contrato de serviço com a Unigel tem caráter provisório e visa a permitir a continuidade da operação das plantas localizadas em Sergipe e Bahia, que pertencem à Petrobras, por oito meses, sem prorrogação. O contrato de serviço temporário de tolling se mostrou a melhor alternativa entre as disponíveis, considerando a situação atual das plantas e os cenários de risco”, afirmou a Petrobras, que afirmou estar prestando todos os esclarecimentos solicitado pelo TCU.
Fonte: EPBR