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Valdemar diz à PF que não concorda com Bolsonaro sobre urnas e que foi pressionado a entrar com ação no TSE

Ex-presidente Jair Bolsonaro e presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto - Foto: PL / Reprodução
Ex-presidente Jair Bolsonaro e presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto - Foto: PL / Reprodução

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou em depoimento à Polícia Federal que não concorda com as falas do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre potencial fraude nas urnas e que foi pressionado por deputados e pelo próprio presidente a ingressar com uma ação após o segundo turno.

“Respondeu que não concorda com a fala do presidente Bolsonaro, pois já participou de várias eleições e nunca presenciou nada que desabonasse o sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, orientou a bancada do partido a votar contra a implementação do voto impresso”, afirmou Valdemar em depoimento.

O PL entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral após o segundo turno das eleições questionando o funcionamento das urnas. Segundo um relatório feito pelo Instituto Voto Legal, Bolsonaro teria recebido mais votos nas urnas mais recentes e que Lula teria a maioria dos votos nas mais antigas.

Moraes, entretanto, negou o pedido feito pelo PL, porque o partido questionou apenas o resultado do primeiro turno. O partido foi multado em R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé (quando a Justiça é acionada de forma desonesta ou mal-intencionada) já que o PL questionou o resultado apenas das eleições presidenciais no segundo turno e não todos os resultados da eleição, o que afetaria também todos os deputados estaduais, deputados federais, senadores e governadores eleitos em todo o país.

No seu depoimento, Valdemar afirmou que foi pressionado por deputados e pelo presidente Jair Bolsonaro a ingressar com a ação no Tribunal Superior Eleitoral.

“Indagado se o então presidente Jair Bolsonaro insistiu com o declarante para ajuizar ação no TSE questionando o resultado das urnas eletrônicas, respondeu que quando houve o vazamento do relatório do IVL, os deputados do Partido Liberal e o então presidente Bolsonaro o pressionaram para ajuizar tal ação no TSE”, disse o presidente do PL.

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