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Governo registra déficit de R$ 58,4 bilhões em fevereiro, pior resultado da série histórica para o mês

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Agência Brasil

As contas do governo federal ficaram no vermelho em fevereiro. Dados do Ministério da Fazenda divulgados nesta terça-feira mostram que houve um déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 58,4 bilhões no mês passado. O resultado é o pior já registrado na série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1997. No ano passado, o mês de fevereiro registrou déficit de R$ 40,6 bilhões.

O resultado foi puxado pela Previdência Social e Tesouro Nacional, que registraram déficit de R$ 21 bilhões e R$ 19,6 bilhões. Enquanto isso, o Banco Central contribuiu com R$ 83 milhões.

De acordo com o Ministério da Fazenda, descontada a inflação, houve um crescimento de 17,1% das despesas em fevereiro. Enquanto isso, a receita líquida aumentou em 9,5%.

Já o resultado primário do governo acumulado em 12 meses foi deficitário de R$ 252,9 bilhões, equivalente a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB).

Por outro lado, o acumulado dos dois primeiros meses deste ano, registraram superávit primário de R$ 20,94 bilhões. Em janeiro deste ano, as contas do governo tiveram um superávit de R$ 79,3 bilhões, o terceiro melhor resultado para o mês na série histórica do Tesouro Nacional.

No entanto, o acumulado deste ano é inferior aos primeiros dois meses de 2023, quando foi registrado um superávit fiscal de R$ 38,29 bilhões nas contas do governo.

O déficit deste mês aconteceu apesar de um aumento na arrecadação do governo, que somou um recorde histórico para o período de R$ 186,5 bilhões.

Segundo o Tesouro Nacional, o resultado de fevereiro foi influenciado negativamente pelo pagamento de R$ 30 bilhões em precatórios, que são dívidas do governo a pessoas físicas ou jurídicas que devem ser pagas após decisões da Justiça.

“Foi um mês atípico em função do pagamento do pagamento de mais de R$ 30 bilhões que foram antecipados em precatórios (…) Não há mais estoque de precatórios. Em julho, teremos um mapa para ser pago em 2025”, explicou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

Fonte: O Globo

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