O policial militar que agrediu uma mulher com um tapa na plataforma da estação de Metrô da Luz, no Centro de São Paulo, foi afastado nesta segunda-feira (8). O episódio de violência ocorreu no sábado (6) e foi gravado por testemunhas.
A Polícia Militar informou que identificou o agente envolvido no caso e o afastou do trabalho na rua, durante a investigação da corporação.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) repudiou a conduta do policial nesta segunda.
“A imagem choca. A gente repudia esse tipo de agressão, pede desculpas à sociedade, nós não vamos tolerar esse tipo de comportamento. Nós estaremos aqui sempre do lado da polícia, quando a polícia estiver combatendo o crime, tiver combatendo o bandido, nós vamos dar todo o respaldo. Agora agressão, desvio de conduta, falta de urbanidade no trato com as pessoas nós não vamos tolerar. Esse militar vai ser afastado das ruas, vai ser severamente punido e todo mundo que descambar para o lado da indisciplina, da conduta errada, daquela conduta que prejudica a instituição será severamente punido”.
No vídeo, compartilhado nas redes sociais, o policial aparece discutindo com a vítima que está sentada na plataforma. Ele diz “abaixa a mão para mim”, enquanto a mulher responde “você que está me batendo”. Em seguida, o agente dá um tapa no rosto dela.
Após a agressão, o PM continua gritando com a jovem e apontando o dedo para ela. Depois de alguns segundos, ele abandona o local.
Moradora de Guarulhos, na Grande São Paulo, a vítima confirmou ao g1 a agressão e contou que recebeu apoio de seguranças da estação após o episódio. Nesta segunda-feira (8), ela irá realizar o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). A jovem já registrou o boletim de ocorrência.
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) lamentou o ocorrido e informou que “a conduta apresentada não condiz com as diretrizes das forças de segurança paulistas.
O presidente do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana (Condepe) Dimitre Sales também afirmou à reportagem que enviou as imagens para a Ouvidoria das Polícias.
Em suas redes sociais, o coordenador da Diversidade, da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, Rafael Calumby, disse que vai abrir um processo para apurar a possível prática de discriminação por orientação sexual no episódio.
A vítima também está recebendo apoio da Subsecretaria de Políticas de Diversidades de Guarulhos e da coordenação da Parada LGBTQIAP+ do município.
Fonte: g1