O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), era um dos alvos da facção criminosa que coordenou ataques no estado em setembro do ano passado, como revelou a investigação da Polícia Federal. O nome do petista constava numa lista de alvos que os criminosos queriam ver mortos obtida pelo jornal O Povo. A recompensa para quem matasse Santana era de R$ 1 milhão.
O nome do atual secretário de Administração Penitenciária do Ceará, Mauro Albuquerque, além de outras autoridades, segundo apuração da PF, também estava na lista. Ele era o principal alvo da facção Guardiões do Estado (GDE). Na tabela, o assassinato do secretário valeria R$ 500 mil.
Albuquerque foi secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte durante o governo Robinson Faria (PSD) e pediu exoneração antes da posse da atual governadora Fátima Bezerra (PT), para assumir a pasta no Estado do Ceará.
A PF chegou aos nomes depois de acessar informações no celular de um dos principais chefes da GDE, Ednal Braz da Silva, conhecido como Siciliano.
O governo do Ceará identificou que as ordens dos ataques, que aconteceram em setembro do ano passado, saíram de dentro de presídios e transferiu os suspeitos de liderar as ações criminosas para presídios federais. Foi a segunda vez no ano que o estado vivenciou uma onda de ataques em razão de mudanças no sistema penitenciário.
Em dezembro, a PF realizou operações de buscas e apreensão contra os suspeitos de coordenar os ataques. Foram mais de 50 prisões e mais de 250 transferências de detentos para presídios federais.
Fonte: Uol