Em meio à greve anunciada por dezenas de universidades, institutos e centros de ensino técnico federais, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta terça-feira (16) que não havia necessidade para a paralisação, uma vez que, segundo ele, o governo está aberto ao diálogo.
Professores e servidores das instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Durante participação na Comissão de Educação do Senado, Santana disse que o governo deve se reunir na próxima sexta (19) para apresentar uma proposta de negociação aos professores e aos servidores técnicos.
“Não havia necessidade de fazer greve agora. Greve para mim é quando não há mais diálogo, quando acaba a negociação ou toda e qualquer possibilidade de melhorias. O Ministério da Educação e o governo estão abertos ao diálogo; está sentado à mesa com representantes dos professores e servidores”, disse o ministro.
A greve nacional teve início na segunda-feira (15). Em nota, o Ministério da Educação disse que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias”.
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Ministro diz que não vê “necessidade” em greve de universidades e que governo busca verba para encerrar paralisações
— 98 FM Natal (@98FMNatal) April 17, 2024
Camilo Santana disse que o governo deve se reunir na próxima sexta (19) para apresentar uma proposta de negociação aos professores e aos servidores técnicos. pic.twitter.com/E79Stz4efJ
Recursos adicionais
Na mesma comissão, o ministro declarou que o governo federal busca recursos adicionais para negociar o fim da greve.
“O governo já sinalizou com recursos adicionais para que a gente possa negociar com os servidores técnicos e servidores, a questão, não só do plano [de cargos e salários], mas também do reajuste salarial para essa categoria”, afirmou Camilo Santana.
Segundo o ministro, o Orçamento do MEC (Ministério da Educação) “não comporta nenhuma mudança mais de qualquer incremento, seja em pessoal ou para servidor”.
“Então, será uma complementação orçamentária pelo espaço que o arcabouço fiscal já tem”, afirmou.